domingo, diciembre 30, 2007

Tomara

Tomara que nenhum dia acabe antes de eu sorrir com gosto para alguém.
Tomara que ninguém saia de perto de mim sem se sentir devidamente confortado, ou devidamente incomodado - tudo se for para o bem.
Tomara que eu não tenha vergonha de abraçar, de beijar, de apertar a mão, de tocar, de acarinhar quem quer que seja que me pedir carinho.
Tomara que eu consiga falar com calma, mesmo quando o assunto for nervoso.
Tomara que eu possa ajudar mais do que atrapalhar.
Tomara que nenhum sapo se instale na minha garganta por covardia - só por amor.
Tomara que eu não magoe ninguém, mas se magoar, tomara que eu seja rápida e eficiente em pedir desculpas.
Tomara que eu consiga abraçar e felicitar todos que fizerem aniversário, que conquistarem alguma coisa importante e que passarem por mudanças importantes na vida.
Tomara que eu tenha dinheiro pra comprar muitos presentes.
Tomara que a sensibilidade, o respeito e o amor façam morada em mim, todos os dias do próximo ano.
Tomara que eu me lembre que existe céu, que existe lua, que existe passarinho.
Tomara que eu faça silêncio suficiente para escutar o vento.
Tomara que sempre tenha uma árvore por perto de mim.
Tomara que eu ganhe muitas flores, de muitos tamanhos, odores e cores.
Tomara que eu coma mais devagar.
Tomara que eu beba mais água.
Tomara que minha pressão, meu colesterol e minha glicose não me traiam.
Tomara que meus anticorpos dêem conta do recado.
Tomara que eu tenha poucas gripes e dores, e que elas nunca sejam mais fortes que eu.
Tomara que eu reaprenda a descansar.
Tomara que tenha coragem pra mudar o cabelo.
Tomara que me achem bonita porque eu me sinto bonita.
Tomara que ninguém me traia.
Tomara que eu abrace muitas crianças todos os dias.
Tomara que eu não receba elogios demais.
Tomara que eu não receba elogios de menos.
Tomara que eu consiga tomar pelo menos um milkshake por mês.
Tomara que velhos fantasmas não venham bater na minha porta, e se vierem, tomara que eu saiba mandá-los embora.
Tomara que eu vá mais, muito mais ao cinema.
Tomara que eu prove coisas que nunca comi antes.
Tomara que eu saiba me afastar de pessoas ruins.
Tomara que eu reconheça uma boa chance se ela acontecer (e tomara que aconteça).
Tomara que eu me apaixone perdidamente por tudo que faço.
Tomara que minha cartão de crédito saia do rotativo.
Tomara que eu não use ninguém nem nada para fazer o mal.
Tomara que eu lembre de agradecer pelos dias e noites que tiver.
Tomara que eu escreva mais, muito mais.
Tomara que eu me lembre de acreditar em mim, mesmo (e principalmente) quando ninguém mais o fizer.
Tomara que eu saiba reconhecer uma derrota com classe.
Tomara que eu não tenha inveja de ninguém.
T omara que eu me anime a fazer planos para o futuro.
Tomara que tudo saia como o planejado, ou tomara que nada saia como o planejado.
Tomara que eu consiga usar agenda.
Tomara que eu consiga pintar telas em branco.
Tomara que eu aprenda a tocar violão.
Tomara que eu aprenda a viver dignamente.
Tomara que eu encontre um caminho.
Tomara que eu não me preocupe com dinheiro, nem por um segundo. Aliás, tomara que eu não me preocupe com nada que não for realmente preocupante.
Tomara que eu saiba brigar direito.
Tomara que eu sirva para unir pessoas.
Tomara que eu receba uma carta de amor bem bonita.
Tomara que eu escreva uma carta de amor bem bonita.
Tomara que eu faça um óculos legal.
Tomara que o Brasil não me envergonhe tanto.
Tomara que a natureza não fique tão brava conosco.
Tomara que o Bush seja deposto.
Tomara que as guerras sejam mais curtas e matem menos gente.
Tomara que a violência não seja banalizada.
Tomara que os jornais tenham mais boas que más notícias.
Tomara que eu descubra em quem eu vou votar.
Tomara que eu vá assistir um jogo no estádio.
Tomara que eu vá a um show de rock.
Tomara que eu vá a muitas pizzarias.
Tomara que alguém me tire pra dançar coladinho.
Tomara que eu conheça bastante gente nova.
Tomara que eu não esqueça de ninguém importante.
Tomara que minhas plantas não morram de sede.
Tomara que meu afilhadinho continue crescendo forte e com saúde.
Tomara que eu não junte tanto lixo.
Tomara que meus pés não sejam obrigados a pisar onde meu coração não me mandar ir.
Tomara que eu possa olhar o mar, ao menos uma vez.
Tomara que eu não deixe de ir ao médico.
Tomara que eu goste dos outros, e que os outros gostem de mim. Acima de tudo, tomara que eu goste de mim mesma.
Tomara que 2008 seja muito bonzinho comigo.
Tomara que o ano de vocês seja maravilhosamente novo, pessoas...
Um beijo enorme para todos. :-)

viernes, diciembre 28, 2007

Feliz Cumple

Hoje é seu aniversário. E apesar desses 28 aninhos, você ainda carrega consigo uma alma de criança, um jeitinho de moleque. Você é um menino aprendendo a ser homem ainda. Um homem que às vezes parece um menino assustado. Você ainda está desbravando o mundo e traz nos olhos o brilho do novo. Você sabe ser doce, você sabe ser terno. O que me faz admirar ainda mais você como pessoa, como homem.

E hoje é um dia de festa e os presenteados somos nós por termos sua presença em nossas vidas. Nada do que eu lhe escreva ou diga, pode mensurar o tamanho da gratidão que eu tenho por você ser meu maridinho. Porque você me presenteia todos os dias com seu sorriso que ilumina o mundo. Porque eu me sinto segura quando me carrega em seus braços. Porque eu encontro paz nas tuas palavras. Porque eu sou mulher quando ouço você dizer que me ama. Porque vejo um futuro bom quando olho nos teus olhinhos. Você, meu amor, é o meu presente. Aliás, o nosso. Porque são privilegiados aqueles que te conhecem e têm sua amizade. Então, nos permita agradecer este presente maravilhoso que você é. E o que eu posso desejar a uma pessoa tão especial como você é apenas felicidade. Felicidade sempre. Todos os dias, todos os momentos, todos os anos. Porque eu te amo e te amo e te amo. E se esse amor nos basta, desejo-lhe o que de bom a vida possa lhe trazer. O resto é por nossa conta.

lunes, diciembre 24, 2007

Desejos de esperanças

A natureza humana é má e perversa. Tente educar uma criança pra ver se não é verdade. Não é preciso ensiná-la a morder, a tomar as coisas da mão de alguém, a fazer careta, a esconder o que ela acha que é dela para não emprestar aos outros, a discriminar e execrar aquilo que lhe parece ruim ou feio, a dar um tapa na cara da mãe que a alimenta e que fica sem dormir dias por causa da manha dela. Mas tente fazê-la entender como é importante o amor, a solidariedade, a doação, a leveza, a nobreza, a lealdade. É trabalho pra uma vida inteira. E o pior: boa parte das vezes não dá certo. A natureza humana é ruinzinha, sim. E egoísta. E cruel. E violenta. E covarde. E megalômana. E triste.

Porém, está em um belo texto da Bíblia "quero trazer à memória aquilo que me dá esperança" (Lamentações de Jeremias 3.21). O ser humano é capaz de fazer coisas absolutamente incríveis. As pessoas conseguem dar significado a coisas que aparentemente não parecem com nada, nem serviriam para nada. Me dá esperança olhar uma obra de arte. Me dá esperança ver um belo buquê de flores. Me dá esperança pegar alguém no colo. Me dá esperança ler um lindo poema. Me dá esperança ouvir uma boa música. Me dá esperança ver tanta gente discutindo alternativas para salvar o planeta. Me dá esperança ver que muita gente vive na batalha pra conseguir ganhar o pão honestamente. Me dá esperança saber que tem gente que supera o seu complexo de ostra e se aventura a gostar de uma outra pessoa. Me dá esperança que aquela mesma criancinha do começo do texto, ruinzinha por natureza, consiga domar seus instintos malvados em prol de conviver bem com outras pessoas. Porque no fundo é isso que queremos: estar com outras pessoas - numa boa, confortáveis, de barriguinha cheia e com perspectivas e sonhos coloridos pela frente.

Tá certo que é legal ganhar presentes, cozinhar uma porção de coisas gostosas pra comer, encontrar os parentes e amigos, conferir a exuberância das decorações de natal pela cidade. Mas o que eu acho que estou querendo dizer é que o melhor de tudo mesmo é acreditar que vale a pena continuar acreditando na humanidade. É isso que eu acho que Deus quis dizer quando permitiu a vinda de Cristo a este mundo. Ele tomou uma decisão - acreditar no nosso pequeno (mas resistente) potencial de bondade e crescimento pessoal.

É uma decisão possível para nós acreditar nisso também. Não ignorando as coisas horríveis que acontecem todos os dias em todos os cantos só porque é natal. Mas acreditando que, mesmo diante de tantos problemas, coisas boas ainda podem acontecer. E muitas delas podem começar por nós.

E é isso que eu desejo a vocês, pessoas queridas, neste natal: muita fé e esperança. Não no que somos, porque as coisas não andam nada agradáveis nesta Terra. Mas sim no que podemos ser.
Beijos e Feliz Natal!

jueves, diciembre 20, 2007

Las alas de la mariposa

A tenor de las rebuscadas pruebas que diluvian en mi urbano habitat, pienso que la felicidad, en el poco probable caso de que pueda tomar forma, resulta ser el rara avis más preciosa, preciada.

¿Qué posibilidad hay de que si tomas un puñado de tierra del suelo al azar encuentres en él un diamante?

Con todo yo puedo afirmar que es menor el porcentaje si piensas en el tiempo de felicidad vivida dentro de la duración que tu historia alcance a estirarse. Como con un cuentagotas, nuestra historia fue diseñada de manera que un instante de bienestar puede ser apreciado al máximo, en absoluto condenado al olvido con facilidad.

Igual que todas las mariposas que en su cruel historia, tras una triste y monótona vida reciben sus hermosas alas para morir poco después sin apenas llegar a ser conscientes de lo maravilloso del milagro del que son protagonistas.

De este mismo modo la felicidad nos roza para abandonarnos sin remordimientos instantaneamente dejando tras de sí el suspiro de la nostalgia por aquellos mágicos breves momentos perdidos.

sábado, diciembre 15, 2007

Chuva


Quando estou triste, gosto mesmo que chova.

Acho que tristeza não combina com dias ensolarados e gramados verdes. Tal sentimento parece com o cinza do céu, com falta de luz e a completa ausência de velas [elas são românticas], com decepções, com horas jogadas fora, com um nada de brilho no olhar. A não ser que esse tal brilho venha de uma lágrima que não sabe se cai ou se enfeita aquele estranho semblante que não consegue se misturar à multidão.

Quando estou triste, gosto mesmo de dias de chuva. É quando posso chorar e ninguém, ou quase ninguém, vai saber se eu choro ou se é essa tal chuva que insiste em molhar meu rosto e minha alma também.

miércoles, diciembre 12, 2007

Acaros de primavera


No quiero cantarle a la tristeza....no quiero escribir de luto.... no...no quiero hablar de vacios mas que para llenarlos...no quiero hablar de ausencias...no quiero añorar lo que ya no volvera a ser lo mismo.

No quiero escribir al hastio ni al desencanto, no quiero hacer oda a los callejones oscuros, no ya no quiero salvar a nadie que no quiera ser salvado.

Quiero escribir a lo absurdo, a lo cotidiano, a la etapa nueva que empieza, ha este mes de diciembre que me han devuelto. A las notas musicales, al algodon, al intento y al logro, a la meta...a las promesas cumplidas.

De todo lo demas....hoy no quiero hablar.

viernes, diciembre 07, 2007

Comiendo perdices

A veces encuentro la felicidad de repente, o tal vez me encuentra ella a mi... como cuando estoy a la sombra de mi limonero, o cuando prendia un incienso y mi gata ronroneaba en mis rodillas.


A veces me encuentro la felicidad, como si andara todo el dia por la casa y me la tropezara de frente.


martes, diciembre 04, 2007

Aqui estoy

¿Te acuerdas de mi?

Soy tu cuando no tenias miedo de ser yo. No te olvides que sigo aqui.
Tu niño interior.

jueves, noviembre 29, 2007

Amizade

Por aí, as pessoas dizem muitas babaquices sobre amizade, inclusive o papo de que ela, pra ser verdadeira, tem que durar pra sempre, e que é na adversidade que se conhece os verdadeiros amigos.

Na verdade, amigos são pessoas. Pessoas comuns, como nós. Pessoas, apenas pessoas. E não é preciso mais que isso pra fazer uma boa amizade ou uma boa vida do lado de alguém.Sou uma pessoa, tenho muitos defeitos. E um deles é o de gostar demais da minha ostra quando estou pensando, refletindo, mudando. Passo por fases de terríveis silêncios, de cara amarrada, de distração quase que completa. E tem sido assim nos últimos tempos.

Mas sou uma pessoa que tem amigos. E o mais legal é saber que as pessoas que escolhi para serem amigas ou que me escolheram, sei lá quem escolheu quem), não desistem de mim.

Elas não desistem! Mesmo quando eu sumo, quando eu não quero atender o telefone, quando eu não quero dividir, quando eu não quero sair, quando eu quero isolamento, quando eu sou chata e esquisita, essas pessoas estão lá. Elas não desistem, elas aparecem, elas telefonam, elas me irritam, tocam a campainha, lotam minha caixa de e-mails, me abraçam, me beijam, me amam, me esperam, tentam de novo e de novo.

Então, eu vou ser mais uma a dizer uma tremenda babaquice sobre amizade, mas que tem feito muito sentido pra mim: amigo é aquele que não desiste da gente, mesmo quando a gente desiste de tudo.

Obrigada a quem não desistiu de mim.

martes, noviembre 27, 2007

Simples

Dia desses fiz 31 aninhos. Não fiz nenhuma festa, embora tenha participado de comemorações espontâneas, presente dos meus queridos que me amam e estão trabalhando duro pra eu entender que estou em idade mais que boa pra fazer milhares de coisas legais, pra sonhar coisas diferentes.
Mas o fato é que, no dia do meu aniversário, eu pensei que, aos 30 anos, eu descobri uma coisa maravilhosa.
A vida pode ser extraordinariamente, especialmente, maravilhosamente, incrivelmente simples.
Simples, simples, simples assim, simples de tudo (simples como este texto... sem tabullação!)
A simplicidade não é sinônimo de desleixo, nem de desesperança, nem de covardia, nem de conformidade. A simplicidade consiste em simplesmente escolher aquilo que a gente pode escolher pra ficar bem e feliz - nem mais, nem menos - e não sofrer com o que poderia ter sido, com o que não escolheu, com o que deixou pra trás.
Deu certo, ótimo, vamos comemorar. Não deu, vamos de novo, depois de tomar um belo sorvete de morango com calda de chocolate quente pra recuperar as energias.
Entre dois caminhos, sempre escolha aquele que parece mais simples. Entre um tecido com milhares de estampas complicadas e um liso, fique com o liso. Fique com o natural, com o normal, com o fácil. Simples assim.
Foi dolorido, mas eu aprendi! E, com certeza, perceber isso foi o meu melhor presente de aniversário.

lunes, noviembre 26, 2007

De colores

El TODO... existe...sólo que para cada uno es de un color. Mi todo existe porque tu tienes todos los colores, como el mago que guarda todos sus secretos de bajo de la manga.

viernes, noviembre 23, 2007

Mesmo que eu não jogue na loteria...

...eu sempre fazia a lista das coisas que eu iria comprar se ganhasse.
Hoje eu fiz a lista das pessoas que eu mandaria tomar no cú se eu ganhasse, amanhã eu vou jogar.

lunes, noviembre 19, 2007

Vivir despacio

A veces se me antoja el capricho de querer vivir despacio...de poder pasear creyendo estar en una estampa, en una de esas postales que venden para los turistas....
A veces se me antoja fantasear con la idea de que algún día podre comer melon y fresones y quitarme las sandalias para andar por la arena.
Se me antoja la idea de querer abandonar todo lo que tengo... y marcharme a un lugar remoto, contigo, que es lo unico que verdaderamente necesito
Y por eso es el paraiso, porque la gente no se dedica a trabajar, sino a vivir.
A veces se me antoja pensar en helados, o en tardes de invierno frente a la leña... en caldos de pollo, en calcetines de lana...en la flor del almendro y en la almendra recíén cogida del árbol.
A veces se me antoja pensar... que algun día ...podre asomarme a la ventana de algún lugar remoto a oler jazmin... a leer un libro y a vivir despacio.

viernes, noviembre 16, 2007

Espejismo

A veces me pasa...que veo la soledad de la gente...como si me volviera espejo de blancanieves...como si viera las migas de pan que ya nadie sigue... como si a veces olvidaran en que punto se perdieron o se olvidaron de ellos mismos.
A veces ocurre solo durante un segundo... que todo lo ajeno me duele...como si me volviera un espejo.

martes, noviembre 13, 2007

Un hilo de esperanza

Un hilo de esperanza fluye en mi interior, renovando mi ser, y me regala la fuerza que constituye un futuro de ilusión.
Deseo llegar más allá de donde estoy y no perderme por el camino, ni olvidar la meta.
A veces apago la luz y ando a tientas en la oscuridad, tropezando sin verlo venir.
Gracias por encender, de nuevo, esa vela que me ilumina y por tenderme esa mano que me levanta cuando caigo y me ayuda a caminar.

miércoles, noviembre 07, 2007

Cuando eramos Power rangers

Recuerdo aquellos días....si... una iba por el mundo con sandalias de goma, te llenaban la cabeza de colonia nenuco, soportabas que te fumigaran con locion anti-piojos y luego te urgaban como si fueran monos... te subian los calcetines hasta las rodillas y los abujereabas siempre del dedo gordo... te abrigaban tanto que apenas podias andar y te remetian las sabanas y las mantas por dentro, dejando tan solo al aire una pequeña nariz con forma de boton. Eras el mas bajito de la clase y siempre empezabas la fila, o bien cumplias años en agosto y no podias llevar caramelos al colegio para que te coronaran...

Pero por entonces uno podia con todo tan solo porque iba vestido de power ranger...
A veces al crecer... se nos olvida de que aun, a veces... y si lo creemos fuerte todavia tenemos super poderes.

jueves, noviembre 01, 2007

El hombre invisible


La gente anda ajetreada, las prisas, el trafico, los semáforos en rojo se adueñan de la ciudad, los empujones en los pasos de zebra, el sonido de unos tacones multiplicados, el claxón de un autobús, la boca del metro, el taxi que espera con su luz verde, el coche que se ha detenido con doble intermitente, palomas que pasean por el cielo, pero nadie lo ve.

Algunos lo esquivan como si fuera un trozo de papel, como quien esquiva la mierda de nuestro propio perro en una cera, los que lo ven, apartan la mirada, cada uno tiene su propia excusa.

A mi no me importa que beban vino, si eso les ayuda a quitarse el frío, a olvidar por un momento que son los despojos de nosotros mismos, de la sociedad capitalista que hemos construido, todos juntos, codo a codo... nadie le dará trabajo aunque lo busque y yo no seré mas pobre por dejarle una moneda, por abrir un poco mas los ojos y no esperare un gesto de agradecimiento, no lo quiero, no lo necesito, si espero ese gesto le arrebatare lo único que aún tiene, la dignidad.

La gente anda ajetreada, las prisas, el trafico, los semáforos en rojo se adueñan de la ciudad, pero nadie lo ve.

El hombre invisible existe.

miércoles, octubre 31, 2007

El equilibrio del universo

Algun dia... todos los que estan arriba caeran abajo... y todos los que estan abajo caeran arriba... es simple... el mundo gira.

lunes, octubre 29, 2007

Debajo de tus pies


Quieres ver el mundo... mira esta debajo de tus pies.

viernes, octubre 26, 2007

Recuerdas cuando aprendias a montar en bici?


Cuantas veces te has caido al aprender a montar en bici? Y que hacias?exacto, te secabas las lagrimas y volvias a subir.
Posiblemente la vida es lo mismo... ¿ por que vas a quedarte sentado en el suelo llorando? Secate las lagrimas y vuelve a subir.

miércoles, octubre 17, 2007

Vive tus contradiciones


Porque 1+1 no siempre son dos, porque el blanco puede ser negro, porque el negro es la mezcla de todos los colores, porque un no a veces es un si, y un si a veces es un no escondido, porque lo mas facil no siempre es lo acertado, porque lo complicado a veces es mas atractivo, porque lo atractivo no siempre tiene que ser bello, porque no es oro todo lo que reluce ni plata todo lo que no brilla, porque comer a veces no te quita el hambre y dormir no significa que descanses, porque se puede soñar despierto, porque que me quieras no significa que no este sola, porque estar rodeada de gente no significa estar acompañada, porque a veces los ojos hablan mas que millones de palabras, porque a veces los silencios duelen mas que las palabras, porque que estes aquí no significa que no te hayas ido, porque que te hayas ido no significa que no estes. Porque puede andar uno perdido aunque conozca el camino, porque los caminos no son igual de dia que de noche, porque hay dias tan oscuros como la noche, y noches que brillan mas que el dia, porque hay dias para todo, porque todo a veces es nada y porque un nada a veces es un todo, porque hay quien te tiene delante y no te ve, y quien te ha visto sin mirarte, porque puedo verte cuando no te miro, y no mirarte cuando te veo,porque que no te llame no significa que no piense en ti, porque se puede llorar por dentro sin que te salgan las lagrimas, porque el mismo abrazo que te gusta te ahoga, porque lo mismo que te ahoga te atrapa, porque correr no significa llegar mas lejos, porque puedo ser timida sin ponerme roja, y ponerme roja cuando algo no me intimida, porque lo mas pequeño a veces es lo mas grande, porque lo mas ligero a veces pesa, porque me enfado y no me importas y me importas por enfadarme, porque las armas no siempre matan las ideas,pero hay amores que matan, porque 2+2 a veces son 5, porque a veces uno se salta sus propias reglas para poder cumplirlas después, porque a veces aunque se pierda se gana, porque hay victorias que son derrotas, porque disfrutar de la lokura no siempre significa estar loca, porque a veces...

miércoles, octubre 03, 2007

Fas[c]es de mim

Sempre fui muito clara com as pessoas. Não tenho o hábito de convencê - las daquilo que não acredito. Já disse muito mais sobre mim do que precisavam saber, expondo meus medos e me tornando vunerável aos ataques planejados. Coloquei muita coisa em jogo por ser sincera demais.

Sou temperamental e desastrada. Meu humor é ácido e nem sempre gostam de ouvir o que tenho a dizer, por isso ando mais calada que de costume.

Sei o que quero, mas nem sempre sei como chegar aonde quero. Já coloquei muita gente incerta pra correr, embora eu goste de gente indecisa, mas não o tempo inteiro. Conheci muitas pessoas interessantes e elas não sabem aonde querem chegar até hoje.

Quebrei paradigmas, mudei meus valores, busquei coisas que não faziam sentido.

Já fui muito incompreendida e corri atrás de meus sonhos sem precisar pisar em ninguém. Nunca tive o hábito de usar as pessoas.

Eu já me decepcionei muito por acreditar nas pessoas, mas meu coraçãozinho sempre pede que eu dê mais uma chance, mesmo que depois eu tenha que colar os mil pedacinhos destruídos de minha alma.

Acreditei demais e quebrei a cara. Acreditei de menos e fui surpreendida. Aprendi que a justiça divina não falha, eu não preciso sujar minhas mãos, muito menos a minha dignidade por nada. Cada coisa tem a hora certa para acontecer e todo mundo paga por seus erros. Inclusive você.

Cometi erros. Muitos. Mesmo assim, sigo em frente, levanto a cabeça, limpo minhas roupas, ajeito o cabelo; Uma unha ou outra sempre acabam quebrando nessas quedas, mas voltam a crescer, portanto deixei de me preocupar com elas.

Me adaptei à muita coisa nova e acreditei mais uma vez que alcançaria o céu! Consegui ser contrária a mim mesma por muitas vezes e, acredite, ainda sou! Minha consciência vive tranquila: não vivi nada pela metade.

Fui proprietária dos maiores castelos de cristais nas nuvens, mas também quebrei milhares deles. Procurei amores e dispensei-os com a mesma intensidade. Desejei ser borboleta e vivi tentando me encontrar, inconformada com a condição de ser humano. Agradeci a Deus pelo dom da vida que me foi concedido.

Perdi meu poder de regeneração e cansei dos contos de fadas,embora ainda espere vivê-los. Já me tornei um personagem cliché de uma história escrita em lugar-comum. Vivi hiatos criativos que duraram meses, e ainda os vivo com freqüência.

Já aspirei à inquietação da alma por muito tempo e, também, que ela ficasse quietinha e calma, contentando-se com aquilo que podia sentir. Preferi carregar o caos dentro de mim, desejando sempre gerar uma estrela.

Já me fiz tão iminente quanto os sinos badalantes, me desafinei como uma caixinha de música e perdi o equilíbrio como a bailarina! Perdi a coragem e desanimei perante a mutabilidade da vida...

Fui minha força de lutar e minha vontade de vencer. Fui também as críticas que voltaram à mim por medo de surpreendê-los, mas fui, ainda mais, os elogios que recebi.

Sou os amigos que passaram por mim, aqueles que se foram, os que ficaram, e os que ainda hão de chegar. Eu sou tudo que eles me permitiram ser.

Já fui aluna. Conversei em hora errada, tomei muita bronca, tirei nota vermelha e deixava pra estudar nos últimos bimestres. Depois tive que recuperar o tempo perdido, estudar e ralar muito... Me orgulhei dos meus atos e dos atos de outras pessoas, das notas alcançadas, das dificuldades superadas.

Eu já fui fogo depois de ser cinzas. E me reergui delas. Sobrevivi.

Tive dor-de-cotovelo, dor-de-barriga, dor-de-cabeça, dor de amor...

Me levantei de tombos incalculáveis. Sucumbi à vôos indeléveis. Já me tranquei no quarto e chorei por horas a fio, sem me lembrar que havia um mundão que eu não conhecia lá fora.

Magoei pessoas da mesma forma que fui magoada. Sonhei, dancei, brinquei...Fui criança e ainda resta muito dela em mim!

Já briguei com meus pais e depois percebi o quanto amava cada um deles, como se fossem pedaços de mim. Aprendi a somar elementos em minha personalidade, a conservar defeitos e qualidades. Me mantenho em construção a cada dia. Já paguei muito mico e continuo pagando.

Eu já fui a menina do sorrisão estampado. Fui um estado de espírito e uma princesinha, dona de seu próprio reino. Eu vivi intensamente o momento presente e me atrasei para o seguinte...

Já me senti ferozmente dilacerada pelo sofrimento, mas a ilusão e a esperança dessa coisa chamada "amor" é o que tem me mantido viva. O Amor que sinto pela humanidade, a fé que eu ainda boto no mundo! Mesmo que eu veja, algumas vezes, a minha capacidade de amar ser destroçada, proibida, impedida, eu ainda acreditarei.

Eu sou bastante forte para sair de todas as situações dificeis em que me meti, embora eu tenha sido suficientemente fraca para entrar.

Acho espantoso viver: acumular memórias e afetos!Daqui pra frente, decidi andar sempre distraída, pois não há nada a ser esperado, nem desesperado.

Sou fases da minha vida. Sou a minha personagem em constante criação.

Posso ser a Dorothy e ir ao Mundo de Oz, se eu quiser! Posso ser tudo aquilo que ninguém imagina.

E apesar de tudo isso, eu ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional!

jueves, septiembre 27, 2007

aLgUn DiA...


Con las piedras que me encuentro en el camino...algún día construiré una casa.Será en algún lugar remoto... donde poder andar descalza, me haré por las mañanas un zumo con las naranjas que abre recogido de mi propio árbol...iré a buscar leña por la tarde y alguien me amara frente a la chimenea... triare los tomates y seré una pésima jardinera.Tendré un gato negro que se llamara trece y que andará toda la noche enamorado de la luna al filo de la ventana, junto a las margaritas que abre recogido por la mañana. Calentare té en una tetera vieja, preparare café recién echo y escribiré frente al atardecer o sobre la arena húmeda, porque el mar estará cerca. Los domingos tendre resaca por haberme emborrachado contigo bajo un olivo y sobre la hierba fresca, abre bailado desnuda contigo bajo en un lugar donde aun se puedan contar las estrellas.Me dormiré con el silencio roto por los grillos y la propia noche, me despertare por la mañana, el lado izquierdo de la cama estará vacío pero abra una nota de buenos días en la nevera... y la suave brisa hará que bailen las cortinas.Me iré a trabajar y volveré a casa a tiempo para ver como los rayos de sol entran por la ventana... haré una pizza porque no abre tenido tiempo de hacer un asado por haberme estado leyendo un libro y tu te reirás porque ese día abras ido a comprar el pan pensando que había algo con salsa...seguramente los días que te olvides de comprarlo, serán los días que me encuentres entre libros de recetas que no sabré cocinar y entre salsas que tendremos que sucar con pan de ayer.Algún día viviré en algún lugar remoto, lejos de todo lo que no necesito y cerca de todo lo que me importa.Donde mi unica preocupacion será que no me pique un mosquito.Algún día... alguien construirá conmigo una casa de piedra, con las piedras del camino.Algún día quizás... pueda borrar la palabra “ algún día “ de mi vocabulario... y andar descalza... sin nada que lastime al caminar la piel…

viernes, septiembre 21, 2007

Questão de atitude



Qualquer tipo de emoção humana deve ser revista. Reajustada. Revelada. A falha deve ser esclarecida. As dores precisam ser expostas, regradas, manipuladas no curso oposto. Tem que haver disposição, menos rima e mais prosa. A humanidade está no caminho do comodismo, do conformismo, da falta de atitude. A humanidade está no caminho do medo, das grades nas janelas e alergias urbanas à natureza. A humanidade está caindo pelas tamancas, mordendo as próprias frustrações. Estamos andando em círculos, tentando pegar o nosso rabo feito cachorro. Estamos nos resumindo a animais, a objetos petrificados de metais, pisando nos pedais do freio e estacionando na pior vaga. Nossos sonhos se resumem à pegadas, nós somos burros e deixamos rastros, desperdiçamos sorrisos pelas calçadas. Deplorável. Espécie em auto-extinção.

Qualquer tipo de emoção humana deve ser guiada para o melhor pra felicidade da maioria, tá na hora de tomarmos vergonha na cara e irmos à luta. Está na hora de pegarmos forte na labuta, chamar tudo que é ladrão de filho da pátria, mas não sermos irmãos, mudar a cara da mãe do filho e metermos o pé na estrada. Está na hora de deixar de viver conto-de-fadas e fazer alguma coisa pra evoluir a mente. Não deixe que seu cérebro sirva apenas pra dar descarga. Quer fazer cagada, nem exista. Vai ter o trabalho de sair do útero pra ter que trabalhar? Ah! Vai te catar. Vai capinar o pomar. Faça alguma coisa por alguém. Vá além. Incendeie pré-conceitos bossais, deixe que eles façam bacanais, você não tem nada haver com isso. Vá acabar com a fome de alguém, vá aprender a criar sorriso em uma criança. Vá pra frente. Seja gente.

Não aumente o caos que o mundo é. Mantenha-se no trilho da paz real, da paz articulada, de verdade, intensamente. Não seja um imbecil protozoário humano, senão te esmago numa pisada.

sábado, septiembre 15, 2007

Olhando para trás



Acho a vida engraçada. Parece que ás vezes ela faz uma pegadinha comigo, dizendo que naquele momento o meu caminho não pode ser aquele, mas breve será. Eu nunca acreditei em destino, que as coisas tem tempo certo de acontecerem e aquilo que tiver que ser seu, voltará pra você. Balela, eu pensava! Não conseguia alcançar que na realidade, eu só tinha que continuar andando, aguentando as pedradas, equilibrando-me pela corda bamba da dor e mandar tudo que não me acrescentasse pro inferno.

No final, eu percebi que todos os meus sonhos estão aí, pra que eu os beije na boca. E a liberdade conquistada me faz sorrir de canto de boca. Eu sou feliz por hoje e quando isso acontece, pode chover, relâmpago pode me atingir que não caio. Não deixo cair o sorriso.

lunes, septiembre 10, 2007

Seja Feliz Agora!

Eu quero arriscar mais. Mas reina sobre mim uma palavra chamada “conseqüência”. Tudo, completamente tudo que vou fazer na vida penso 999.999.999 vezes antes. Penso nas conseqüências, penso no que as outras pessoas vão pensar, penso se posso sair machucada ou machucar alguém. Lembro sempre do meu pai falando comigo: “Não queira conhecer o arrependimento filha. Você conhece a adrenalina, mas depois sempre vem ele: o arrependimento”. Isso está gravado em mim, como uma tatuagem que acompanha a vida inteira.


Isso está certo, conseqüências ruins existem sim. Mas ás vezes é preciso tentar, é preciso arriscar, experimentar, tentar ser feliz. Não posso me acostumar com o mais ou menos, porque “o bom” é duvidoso.


Mas a gente acaba acostumando, acaba deixando passar e dizendo que é só uma fase, que daqui alguns anos tudo vai ser melhor. Será que é pecado ser feliz agora? Querer algo mais neste momento? Querer o presente e não o futuro?


Eu quero me abrir, quero conversar, quero dizer “eu te amo” antes que seja tarde. Eu quero fazer acontecer, não quero esperar oportunidades, a oportunidade é agora!


Mas as vezes algumas pessoas quebram nossas expectativas, estragam todo nosso otimismo, nossa vontade de dar iniciativa. Chego a pensar que algumas pessoas não têm sentimento nenhum, não tem vontade de se aproximar, que está cravado um rancor, ou algo ruim no seu coração que não a deixa seguir em frente. E porque tirar a felicidade da outra? Se você quer continuar existindo, deixa a outra pessoa viver! Têm pessoas que tem a cabeça tão fechada, que não está apta a deixa-la abrir e experimentar novas emoções. Não quer evoluir, viver mais, arriscar mais, já que o de costume é mais seguro, já que a monotonia, a rotina é tranqüila e não tem perigo de dar errada.


Pergunto-me: “Vão viver assim pra sempre? Até morrer?”.


Vão. E vão achar que isso é uma besteira, que o importante na vida é a estabilidade. Mas a vida é uma só! Você não vai ter outra chance de ser feliz, você não vai voltar aqui pra fazer diferente não! Se quer algo, faça agora. Não seja rude, não queira mostrar para os outros que é o machão, o chefe, ou a pessoa mais forte que não sente nada. Você pode estar perdendo uma amizade, uma oportunidade de estar feliz com sua família, de expor suas opiniões para as pessoas mais próximas, as pessoas que realmente precisam saber delas. Não acha certo o que alguém está fazendo? Acha erradas as atitudes que seus pais tem com você? Brigou com sua amiga por motivos bobos? Não conversa com seu irmão à alguns meses? Fale agora. Não perca tempo, pegue o telefone do seu lado, vá ao quarto dele conversar. Essa pode ser sua última chance de arriscar.


Eu juro que tento... todos os dias.

sábado, septiembre 08, 2007

Recordar é viver


Achava que se eu brigasse com minha mãe nossa senhora (Maria) iria brigar comigo nos meus sonhos.
Achava que meus brinquedos ficavam vivos a noite, então antes de dormir ficava decorando os lugares de cada um para checar se pela manhã eles estariam no mesmo lugar.
Achava que se eu fizesse força na memória lembraria dos dias dentro da barriga da minha mãe.
Achava que meu pai era um herói sem defeitos.
Achava que aos 20 anos eu seria linda, magra, maravilhosa, casada,independente bem sucedida (minha Barbie).
Achava que uma pessoa com 30 anos era velha, idade de mãe e uma mulher séria (olha eu aqui, e nada disso).
Achava que o dia do meu casamento seria o dia mais emocionante da minha vida (dessa vez acertei).
Achava que seria dentista, bailarina, artista (criança é mesmo sem noção).
Achava que quando chovia é porque ia ter festa no céu.
Achava que comer antes de dormir me faria ter pesadelos.
Achava que os adultos conversavam coisas interessantíssimas e misteriosas quando nós crianças não estávamos perto.
Achava que se eu cavasse bem muito a areia da praia conseguiria chegar ao Japão.
Achava que a papinha quentinha que minha mãe fazia poderia curar qualquer doença.
Achava que Deus me fez a mão, como um artista cria uma obra de argila.
Achava que tinha um grande por que para eu ter nascido exatamente na minha família (continuo achando).
Achava que os cantores dos rádios realmente estavam lá dentro.
Achava que as formigas tinham uma linguagem própria e se falavam quando se cruzavam (adorava observa-las).
Achava que aquela mulher da caixa de palitos era assustadora.
Achava que quando tinha trovões Deus estava com raiva e os relâmpagos ele estava tirando fotos de seus filhos.
Achava que um dia revelariam que a She-ha e o He-man não eram irmãos e sim namorados.
Achava que papai Noel existia e me adorava, juro que cheguei até a vê-lo um dia.
Achava que minha vida era uma fantasia (acho isso até hoje.)
Achava que sempre que minha mãe ou as professoras elogiavam o que eu escrevia me fariam escrever sempre (e olha eu aqui).

Coisa boa é ter e recordar a ingenuidade de uma criança.

Até hoje tem gente que diz que minha cabeça é o fantástico mundo de Bob. Será?

lunes, septiembre 03, 2007

Questionário


1. Qual é a sua maior qualidade?
Sinceridade.

2. E seu maior defeito?
Orgulho.

3. A característica mais importante em um homem?
Inteligência.

4. E em uma mulher?
Idem.

5. O que você mais aprecia nos seus amigos?
A paciência.

6. Sua atividade favorita é...
"Diversão é solução pra mim!" (Titãs)

7. Qual a sua idéia de felicidade?
Uma cabana, uma lareira, os que eu amo e eu, ouvindo Blues Traveller, tomando vinho e dando muitas risadas.

8. E o que seria a maior das tragédias?
Não ser feliz.

9. Quem você gostaria de ser, se não fosse você mesmo?
Um clone de mim.

10. E onde gostaria de viver?
Em Montevideo.

11. Qual sua cor favorita?
Azul.

12. Uma flor?
Jasmim.


13. Um pássaro?
Beija-flor.

14. Seus autores preferidos?
Saramago, Galeano e Garcia Marquez.

15. Os poetas que mais gosta?
Neruda e Quintana.

16. Quem são seus heróis de ficção?
Super Homem.

17. E as heroínas?
Mulher Maravilha.

18. Seu compositor favorito é…
Fher (Maná).

19. E os pintores que você mais curte?
Miró e Dali.

20. Quem são suas heroínas na vida real?
Minha mãe.

21. E quem são seus heróis?
Meu pai.

22. Qual sua palavra favorita?
Liberdade.

23. O que você mais detesta?
Mentira.

24. Quais são os personagens históricos que você mais despreza?
Os ditadores.

25. Quais dons naturais você gostaria de possuir?
Autotrofia.

26. Como você gostaria de morrer?
Sem perceber.

27. Qual seu atual estado de espírito?
Alegre.

28. Que defeito é mais fácil perdoar?
Teimosia.

29. Qual é o lema da sua vida?
"Carpe Diem"

sábado, agosto 25, 2007

Apenas rascunho sobre sonhos


Eu acho uma graça, quase caio na risada mesmo, quando alguém bem seriamente me fala "você devia escrever um livro"....Vem à tona todo o meu mais apurado senso crítico.

"Peloamordedeus", escrever livro ? Apenas os talentosos e originais podem fazê-lo. Eu, no máximo, consigo desenvolver minhas idéias (tão comum às vezes !). Ok. ok, são pequenas composiçõesinhas de algum valor, honestas, providas de algum sentido, com um português quase correto (pelo menos me esforço pra isso...) que pra minha sorte às vezes até toca nos amigos, visto que escrevo coisinhas cotidianas e que á todos acontece viver uma vez ou outra....

Eu tenho um blog e ter um blog não me torna A ESCRITORA !

Adoro compartilhar frases, que às vezes saem bonitinhas... Mas daí a escrever livros ? Se tem uma coisa que tenho é muito senso de realidade! Poucos possuem imaginação, coragem e talento pra isso...Quanto à mim, devo confessar, tudo apenas me inspira e me traz idéias...A cena cotodiana que vejo na rua, a janela da frente que observo, a música que escuto ao longe, o filme que assisto e choro... Daí eu até junto letras e desenvolvo pequenas crônicazinhas, às vezes tento montar pseudo-poesias...E é só isso ! Tenho a medida exata do meu valor. Graças à Deus ! Auto-crítica é tudo !

Na quarta-série eu era ótima em redação !

martes, agosto 21, 2007

Anjos

Às vezes é como um fantasma que toma todos nós, seres extraterrestes, e faz arrancar mais uma doce felicidade. É como nos pegamos como egoístas querendo felicidade apenas para nós. Somos anjos. Somos sonhos. Somos a mesma rotina de dia após dia. De noite após noite. Somos muito maiores que o que comemos ou o que falamos ou como observamos o mundo. Não percebemos que as milhares de pessoas passam como fantasmas imperceptíveis. Não conseguimos lembrar que cada ser humano tem uma história. Que cada um tem um lar e teve o primeiro beijo de uma maneira diferente. Que cada um vive seu drama. Que cada um é um ser vivo semelhante a nós e respira e sente dores na cabeça. E, como nós, gritam, choram, pensam. Somos egoístas. Somos tão inexplicáveis que qualquer palavra evidente é simples coincidência. Somos anjos. E não há nada no mundo que mude isso. Somos as mesmas mentes perigosas que maquinam, mesmo que inconciente, cada atitude. Mas cada atitude pode ferir o próximo. Não pensamos no próximo. O outro é apenas os que te cercam. Mas existem milhares de pessoas que nos cercam que não percebemos. O carteiro, o pipoqueiro que viu você e ele sorrir, o taxista que levou você ao encontro dele, não percebemos o lancheiro, o lixeiro, o cozinheiro, às vezes não percebemos os porteiros, a doméstica, não percebemos nossos pais, ou nossos filhos, ou nós mesmos.

Chegamos ao limite da cegueira. Onde não se consegue observar e choramos. Choramos quando conseguimos medir o tamanho da nossa hipocrizia. Quando medimos a tamanha falta de compaixão. Quando percebemos que somos todos egoístas. Então a flor não germina e a procura não segue adiante e a loucura não segue adiante e nossas asas não crescem adiante. Somos anjos, mas não podemos voar, não podemos atravessar a parede ou ouvir os pensamentos alheios. Mas as maiores armas não são essas. As maiores armas são os sentimentos. É prestar atenção que quando uma senhora sobe no ônibus, deve estar muito mais cansada que você que chegou da noitada. Então levante-se! Que o porteiro fica fulo da vida, e que um bom dia ou um sorriso pode enchê-lo de alegria. Temos o poder de perceber que todos que nos cercam não são formigas, não são árvores, não são objetos, são humanos. São animais. Todos devem ser percebidos. Devem ser ajudados. Ou você prefere ser também um ignorado? Afinal, você é só a sujeira do grão de areia no imenso deserto que é a vida. Todos nós somos. Iguais.

jueves, agosto 16, 2007

Nada


¿ que pasa cuando quieres construir y solo tienes un ladrillo? ¿ que pasa si empiezas la casa por el tejado? que pasa si rompes todas las normas por haberlas cumplido todas? Que pasa cuando no pasa nada?

Quando no pasa nada lo unico que te queda es tu persona.... por lo que, se podria decir que cuando no pasa nada, lo que pasa es que eres tu mismo, sin aditivos...

viernes, agosto 10, 2007

Amargo


O liquidificador continua quebrando o gelo e o maracujá, pra fazer o suco perfeito. Se lembra dos seus defeitos?

sábado, agosto 04, 2007

... são 300 picaretas com anel de doutor ...

Vamos celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações. O meu país e sua corja de assassinos, covardes, estupradores e ladrões. Vamos celebrar a estupidez do povo, nossa polícia e televisão. Vamos celebrar nosso governojuventude sem escolas, as crianças mortas, celebrar nossa desunião. Vamos celebrar Eros e Thanatos, Persephone e Hades. Vamos celebrar nossa tristeza, vamos celebrar nossa vaidade.

Vamos comemorar como idiotas a cada fevereiro e feriado. Todos os mortos nas estradas, os mortos por falta de hospitais. Vamos celebrar nossa justiça, a ganância e a difamação. Vamos celebrar os preconceitos, o voto dos analfabetos, comemorar a água podre e todos os impostos, queimadas, mentiras e seqüestros. Nosso castelo de cartas marcadas, o trabalho escravo, nosso pequeno universo. Toda hipocrisia e toda afetação, todo roubo e toda indiferença. Vamos celebrar epidemias: é a festa da torcida campeã.

Vamos celebrar a fome. Não ter a quem ouvir, não se ter a quem amar. Vamos alimentar o que é maldade, vamos machucar um coração. Vamos celebrar nossa bandeira. Nosso passado de absurdos gloriosos. Tudo que é gratuito e feio, tudo o que é normal. Vamos cantar juntos o Hino Nacional (a lágrima é verdadeira). Vamos celebrar nossa saudade e comemorar a nossa solidão.

Vamos festejar a inveja, a intolerância e a incompreensão. Vamos festejar e violência e esquecer a nossa gente que trabalhou honestamente a vida inteira e agora não tem mais direito a nada. Vamos celebrar a aberração de toda nossa falta de bom senso, nosso descaso por educação. Vamos celebrar o horror de tudo isso – com festa, velório e caixão. Está tudo morto e enterrado agora já que também podemos celebrar a estupidez de quem cantou essa canção.

Perfeição – Legião Urbana

domingo, julio 29, 2007

Buraco na parede

Dessa janela vejo as luzes das favelas que me circulam, os vários mundos que não são meus, mas que admiro. Admiro tanto o céu e a lâmpada do quarto acesa, mesmo que ela me atrapalhe o olhar e a paisagem que observo daqui. Daqui dessa cadeira vejo as cartas das paixões emudecidas, me lembro das histórias vividas e as frustrações eminentes. Vejo minha agenda antiga, das mentiras descabidas que já me disseram. Vejo meu mundo meio desarrumado, mas cheio de saudade. Cheio de mistério. Cheio de loucura, como tudo que sou. Ouço as músicas da minha vida, ouço as frases apaixonadas. Os “eu te amo” que me sufocaram. Os “eu te odeio” que me pertubavam e agora já não me importo. Não me importo nem com o começo e nem com o fim. Só sou apaixonada por aquilo que é presente, mas tem futuro. Eu me lembro dos amigos que só estiveram aqui quando chamei e aqueles que me chamam o tempo todo e minha vida me desvia.

Não foi minha intenção ser hipócrita, mas essas atitudes bossais que tomamos, são tão incontroláveis quanto os surtos que tenho de vez em quando. E me sinto fantástica quando os tenho. Me sinto fantástica quando consigo confundir o óbvio, mesmo quando é impossivelmente eloqüente. Dessa janela vejo o céu escuro, o claro luar tentando sobreviver por entre as nuvens. Não adianta tocar a campainha, nem meus suspiros estarão à espera. Dessa janela quero lavar a sujeira da minha mente infantil. E minhas memórias pueris. Vejo uma menina chorando e o grito da criança solitária que fui. E me lembro que minha solidão sempre foi acompanhada da minha pequena irmã que também vejo daqui. E eu amo seu sorriso mais que a poesia. Amo muito mais que o amor. Amo tanto que a dor é pequena. Nem a saudade é maior. Dessa janela vejo o mundo que tenho pra ganhar. Vejo as viagens que tenho que fazer. As várias línguas que tenho pra aprender. As várias cidades que quero morar. Culturas, culturas e culturas que quero conhecer. Obrigado janela, por me mostrar que ainda tenho sonhos e os sonhos me renovam.

martes, julio 24, 2007

Travalenguas de esperanza


No hay nada que me desespere tanto como esperar, esperar lo que impacientemente espero aunque me haya olvidado de esperar, desesperándome cuando recuerdo que espero lo desesperante al no esperar nada. Y así ando dándolo todo sin esperar, olvidando que espero el deseo que se hace esperar mientras espero. Esperando no olvidar al encontrar lo que esperaba, que era justamente eso lo que me desesperaba antes de haberlo encontrado, mientras estaba esperando, al no esperar nada. Al fin y al cabo todo el mundo espera algo.

domingo, julio 15, 2007

O Ventilador II

O vento vai entrando pela janela de nossas completas solidões, revirando as lágrimas nos olhos, lembranças já choradas, casamentos mertamorficados e delírios vagos. Ele desnuda a gente e nos revela como realmente somos: feitos de pele, ossos, ilusões e ferrugem. Nos desesperamos fechados num quarto escuro que só assusta a nós e uivos entram pela fresta da janela, por baixo da porta, pelo buraco do ar-condicionado tampado com filetes de madeira. Nós descobrimos que nenhuma das músicas eternizadas são eternas, nem as cisternas d’água duram pra sempre. Somos poços artesianos que secam. E a hélice gira quase que nos arrancando os lençóis e sonhos, antes tão bem sonhados, então acordamos pra vida. Percebemos que nossos abstratos são ridículos, impossíveis, estranhamente estáticos, quase indeléveis. Nossas atitudes ficam presas em nós como se estivéssemos carregando cruzes, ou âncorados num retardado retrocesso. E vamos repetindo erros, repetindo atitudes impensadas, lutas inúteis, mutações bizarras de emoções. Vamos aumentando os ventos até se tornarem furacões e passamos a destruir carros, calçadas, casas, corações, lustres, luas, sombras e almas, enquanto andamos.

Deduzimos sempre estarmos no caminho certo, no futuro certo, até na hora certa e nossas metáforas são nulas diante da nossa própria hipocrisia. Somos os mesmos cretinos do ano passado, as mesmas mentes perigosas do ano anterior, os mesmos bossais antiquados cuspidos desde o nascimento. Então paramos, juntamos nossos cacos erodidos pelo tempo e modificamos pra valer o que tinha sido quebrado. Colamos farelo por farelo. Repintamos tudo para não só remendar. Tomamos sol para a pele clarear, tomamos cálcio pros ossos aguentarem a labuta, enchemos nosso peito de força e vamos à luta. Rearrumamos as nações cabidas em nossos olhos e hipervalorizamos nossos sonhos, castelos, futuros. Tomamos posse do manche do barco que nos levará pra depois da tempestade e só de coragem nos alimentamos. Nenhuma ventania pode nos parar, só nos empurrar pra frente assoprando nossas velas. Então depois que o agora nos reduzir medos, mentiras e mesquinharias, conseguiremos alcançar o inexplicável. Amando mais, sorrindo mais, voando mais alto. Na velocidade do ventilador.

jueves, julio 05, 2007

Jugar a ser mayor

Es como cuando jugaba a corretear por la casa con los zapatos de tacon de mamá... a veces aun me miro los pies, como si los zapatos todavía me fueran grandes...
Me disfrazaba, me pintaba los labios de rojo... luego simplemente me resfregaba la cara con la toalla y volvia a ser yo... ahora no me pinto los labios y aun asi a veces tengo la sensación de encontrar carmín en la toalla...
A veces frente a las cosas aun me siento asi... como cuando jugaba a ser mayor...como si fuera una niña con unos guantes de boxeo.


É como quando brincava de correr pela casa com os sapatos de salto da miha mãe... as vezes ainda olho meus pés, como se os sapatos ainda me ficassem grandes...
Me fantasiava, pintava os lábios de vermelho... logo simplesmente esfregava a cara com a toalha e voltava a ser eu... agora não pinto mais os lábios mas mesmo assim as vezes ainda tenho a sensação de encontrar batom na toalha...
As vezes diante algumas coisas ainda me sinto assim... como quando brincava de ser adulta... como se fosse uma menina com luvas de boxe.

sábado, junio 30, 2007

No andar da carroagem as abóboras se endireitam


Tenho tentado andar assim, divertida, calma... feliz. E tenho conseguido. A vida dá voltas que nem nós imaginamos. E a minha está começando a mudar. Para melhor... com um sorriso. Claro!

lunes, junio 25, 2007

Educação mandou lembranças

Educação deveria ser um item básico do ser humano, uma matéria no colégio ou uma cadeira nas universidades, ou quem sabe um ship que pudessemos comprar , ai seria apenas usar o ship que nos tornariamos um ser educado, já pensou poder presentear alguém com um ship desses ?

Mas infelizmente nao é bem assim, e a educacao que falo nao é educaçao de estudos mas de civilidade.

Se entra no elevador o que custa dizer um bom dia?! ou se alguém lhe faz uma gentileza o que custa um obrigada? Até um sorriso é demosntração de educação.Eu hein!! Tenho visto que as pessoas tem preguiça de usar as palavras mágicas, no transito entao nem se fala, parece que está todo mundo a poucos minutos de uma explosao.

Ta estressado? se controla, conta até dez, grita dentro do saco hehehe, faz uma oração, fica em casa mas pelo amor de Deus segura esses palavroes e disfarça essa cara feia e essa vontade de matar o primeiro que aparecer!!!! Tem dias que sao mais amargos mesmo mas isso nao é motivo para desontar na pobre da educaçao!

O que custa comer de boca fechada, fazer silencio no cinema,nao furar fila, ligar no aniversário, avisar que vai atrasar....

Nao quero dar lição de moral não, mas uma coisa posso dizer: educação é um dos maiores presentes que os pais podem deixar a um filho e nossa educaçao e boas maneiras ninguem nos tira!!

Se fosse enumerar uma das coisas que mais admiro em alguém a educaçao seria entre os 5 primeiros pontos, isso pode parecer besteira mas ultimamente tem sido um diferencial, um plus a mais e raro de encontrar.

Por falar nisso: Boa noite, durmam bem e amanha tenham um bom dia!!!!

P.S: A acentuaçao sumiu do meu teclado! Sorry!!!!

viernes, junio 22, 2007

Reformas

Como é horrível esse lance de reforma. A gente passa por várias fases difíceis.

A primeira, é a da constatação. Mofos, buracos, rachaduras, coisas que caem, instalações vencidas, descascados, vazamentos, azulejos e pisos fora de moda. Minha casa tem mais de 30 anos, e nunca tinha passado por uma reforma. Enfim, escolhendo prioridades, decidimos iniciar a tal reforma... mas com a gente morando dentro... Só quem passa por uma reforma sabe quanta dor de cabeça isso causa. Eu já intuia isso… Por isso nem me animei.

Aí vem outra fase difícil, que é a das decisões. Onde vamos mexer? Como? Com que dinheiro? Quem vai nos ajudar? Hora de fazer contas, se inteirar do assunto, fazer planejamento, contratar bons profissionais. E é então que a gente passa a saber o que é uma viga, quantos sacos de cimento são necessários para fazer um banheiro, quais os tipos de azulejos. A gente percebe que é duro achar pessoas competentes e de confiança para cuidarem da reforma da nossa casa. A gente se assusta com o preço das coisas e se dá conta que não deveria ter esperado tanto tempo pra reformar. Outras horas, a gente se arrepende de ter tocado no assunto. Mas com o tempo, tudo se ameniza, e percebemos o que é possível e o que não é.

Depois de planejar, é hora da ação. Começa a pior fase de todas. Poeira, barulho, batidas, gente estranha circulando onde antes só você e seus chegados pisavam. Onde se mexe, se descobre mais coisas que antes pareciam andar bem... Você tem que tirar tudo do lugar, cobrir as coisas, ver um cenário de destruição dolorido. O que era para durar 1 semana começa a durar 2… E você fica sem pouso, sem lugar. É quando começam os maus humores, as brigas, os desentendimentos, as decepções. Mas, uma vez que a reforma começou, não dá pra voltar atrás. Tem que se ir até o final.

Agora, nada se compara ao lance de não saber onde está as coisas que antes você sabia exatamente onde tinha deixado. Chinelos, roupas, papéis, livros, controle remoto, desodorantes... Isso faz você se sentir estranha dentro da própria casa, e não tem sensação mais esquisita neste mundo.

No meio dessa confusão, é verdade, tem alguma coisa boa. É gostoso escolher uma cor nova para as paredes, um novo piso... É interessante descobrir partes da casa que, reformadas, ganham outro significado. É legal ir acompanhando os serviços que vão ficando feitos, e ir curtindo esses momentos.

Antes do final da reforma, vem a parte da arrumação. E nas arrumações a gente tem que fazer algumas despedidas. Caixas e caixas de coisas velhas que precisavam ir pro lixo. E tudo isso vai girando na nossa cabeça. Mas arrumar é bom. É bom porque a gente sabe que, quando as coisas velhas vão, novas chegam. E dá um alívio danado jogar a mesmice fora e pensar em novos enfeites, novos jeitos de arrumar as coisas, novos armários vazios prontos para serem enchidos de coisas legais.

Esse lance da reforma é realmente horrível.

Mas depois… Depois vem a parte boa. O cheiro de novo começa a tomar conta da casa. Tudo fica com um ar de recomeço. Parece que a casa transpira saúde. E pede novidade. Novas cores, novos momentos para se viver. E a gente percebe que valeu a pena. E que, por pior e mais longa que tenha sido, a reforma acabou. Fica até aquela promessa, aquela vontade de dizer que vamos cuidar melhor da casa.

Então a gente percebe que o horrível não é reformar, e sim ficar com o que era antigo e decadente. A gente percebe que a vida é assim mesmo. As coisas velhas tem que ser revistas e refeitas, porque o novo é bom. E por mais que isso doa, é esse mesmo o caminho.

A casa de fora está quase pronta: banheiro lindo, novinho em folha, forro branquinho... e esperando por tudo de legal e de ruim que vai acontecer aqui.

Só falta começar agora com a reforma da casa de dentro.

viernes, junio 15, 2007

Felicidade Instantânea Prolongada

Quando de repente eu gritei de tanta felicidade e o céu inteiro se abriu no meio da tempestade e o sol se pôs. É a salvaguarda do meu sorriso encontrando o limite e o ultrapassando. Revisitei as linhas da minha mão e vi que o fim dela já chegou faz tempo, mas sou persistente e continuo amanhecendo todos os dias já que sou valente maior que a morte. Sou inimigo da sorte, caio o tempo todo em bueiros, mas me regenero já que sou chama de um fogo que não se apaga. Minha pele queima em brasas, minhas falas ensurdecem, madrugo meus pesadelos e me jogo no mar da vida, que a liberdade é algo só meu e apenas isso. Quando de repente eu gritei de tanto amor e o meu peito estourou a agonia, arrisquei pular abismos como amarelinha e me vi chorando, agora, de tanto prazer. Sou filho da alegria, sambo quando acordo todo dia, carrego correntes que tentam me aprisionar, mas aguento o peso e sigo em frente. Quando de repente eu gritei de tanta loucura, minha boca se encheu de ternura e no lugar da minha rouquidão veio a esperança. Arrisquei entrar na dança e voei até onde meus pulmões não podiam se encher de solidão. Hoje sou luz e não escuridão. Sou reflexo das gargalhadas das crianças, amante da realidade e passivo de sonhos… realizados… senão não vale. Encontrei finalmente o que chamam de libertação.

jueves, junio 07, 2007

Cambios

Porqué nos volvemos tan exigentes? Porqué con la edad nos volvemos más egoístas? Porqué nos volvemos más selectivos al punto de que muchas veces esas "selecciones" nos hacen ver las cosas tan diferentemente a como las veíamos hace unos años?

Es curioso, pero antes me gustaba tomar el famoso "B52" , y ahora, amo un juguito natural, té, etc... Antes me fascinaba la comida rápida, y ahora lo pienso para saborear una jugosa hamburguesa, sobre todo por los kilitos de más.

Antes era más simple para escuchar, y ahora analizo demasiado... Porqué? Qué es lo que nos pasa internamente para que eso suceda? Serán las experiencias, los fracasos, las alegrías que queremos repetir, los éxitos que no queremos extrañar? Serán los gustos, las pasiones, la vida?

Antes era yo muy diferente, creía ciegamente, en las palabras "dulces", ahora creo en los "hechos", antes creía todo, ahora casi no creo nada....

O es al contrario que nada cambia en mí y todo al rededor sí lo hace, y que entonces yo me exigo un cambio a mí misma, me exigo cambiar o me receto cambios de manera coactiva?

No comprendo, nada... Pero siento, y siento mucho, muchas cosas que no sé describir... Qué pasa, qué?

jueves, mayo 24, 2007

...


Devia haver um jeito de tirar a dor das pessoas. Um jeito de abrir o peito mesmo e arrancar tudo de triste que faz mal àquela pessoa.

Colo devia ser suficiente, ou quem sabe uns tapas na cara para a pessoa acordar. Palavras têm muita força, mas às vezes parece que não são suficientes para mudar uma decisão, que na verdade não devia ter sido tomada.

As pessoas fazem coisas que desacreditamos, que achamos impossíveis virem de tal criatura, e quando o fazem entristece tanto, nos torna impotentes, faz a gente repensar uma porção de coisas.

As coisas deviam ser mais fáceis. E certos pensamentos não deveriam insistir em martelar tanto dentro da cabeça.

jueves, mayo 17, 2007

Ausencias

A veces me pregunto que hara la AUSENCIA en nuestra AUSENCIA... cuando no añoramos... cuando no estamos haciendo inventario de aquellas cosas que nos faltan... cuando el vacio es una silla ocupada.

As vezes me pergunto o que faz a AUSÊNCIA em nossa AUSÊNCIA... quando sentimos saudades... quando não estamos fazendo inventário daquelas coisas que nos fazem falta... quando o vazio é uma cadeira ocupada.

jueves, mayo 10, 2007

Aquário

Não existem castelos seguros o suficiente para avançarem qualquer noite e permanecerem intactos. Nem existem silêncios seguros o suficiente para calarem gritos de selvageria. Os corações vão pulsando e sambando no ritmo do exato. Não existem inexistência e nem clemência,somos todos feitos de uma cera que derrete com olhar. Não existem barcos que vençam qualquer mar, nem amor que ensine a voar, só paixão tem esse dom. O objetivo do amor é ser castelo ou silêncio. Ou ser peixe afogado no ar, se debatendo no colo da entrega.

jueves, mayo 03, 2007

Maravilha


Quando se é verdadeiro, não importa quantas facadas tome, se regenerará. É a lei da verdade correta, da lua endireitada no céu e o que é brilhoso atravessando a janela pra te acordar. Você nota que está na hora de vencer o sono, o cansaço supremo e lançar-se à vida novamente. E você vai. Acorda cedo, senta pra escrever essa carta e depois vai tomar banho frio, mesmo que odeie muito banho frio. Engraçado você se banhar assim, já que tentam fazer o tempo todo isso contigo e você exita. Você resiste a qualquer tentativa de te esfriarem. Só por hoje você tem o poder sobre o seu dia. Você tem o poder sobre sua luz. Você tem o poder sobre seus ossos e o que falam de você pelas costas. Você tem o poder de fazer o melhor. Tem o poder de crescer de repente. Você tem o poder sobre a liberdade. Hoje você é livre, porque você tem o controle sobre o sol e isso te faz superior. Vá à luta.

miércoles, abril 25, 2007

Mudanças

E quando eu digo que sou mudança, cor e um pouco de loucura misturado a todo e qualquer fruto da minha imaginação, acreditem: eu falo sério. Mesmo que esse sério seja acompanhado de um sorriso no rosto e, agora, dança na ponta dos pés. Porque quando se tem muito e se quer preservar o que se tem, é preciso zelo, cuidado e é mais ou menos na ponta dos dedos que eu me sinto quando começo a dançar as mais belas notas que o primeiro raio de sol do meu dia fazem surgir nos meus ouvidos. E no final das contas, eu gosto mesmo de mudar assim... O contexto, as cores, o estilo... Mas sabendo que o melhor e o essencial continua aqui, intacto. Mas pra ver e entender é preciso mais que ler as entrelinhas. É preciso vive-las.

domingo, abril 15, 2007

Das coisas que eu diria na frente do espelho

Eu diria, repetindo o que dizem por aí, que, de médico e louco, todos nós temos um pouco. E que loucura, na medida certa ou um pouco além disso, junta com cores, sorrisos e um pouco de suspense podem fazer um bem danado.

Diria também que, quem surpreende, jamais perde a graça, sempre vem com uma surpresa.

Por fim, diria que as pessoas deveriam reprimir menos suas loucuras que fazem bem a sí e a outras pessoas potencialmente loucas também.