sábado, agosto 30, 2008

Días & días

Hay días en que espero grandes cosas de la vida. Que todo y todo el mundo sea encantador, único, especial. Y me exijo mucho a mí mismo y a todo cuanto me rodea.
En cambio otros días, como hoy, me conformo con lo que hay. Y no me importa disimular deseos, o reprimir emociones, o hacer ver que toda conversación futil me interesa. Es como si decidiera invernar en pleno Agosto. Como si me gustara vivir en un sueño que no me importa. Un sueño en blanco y negro. Un sueño que queda lejos.
Y sé que no es lo que quiero, pero en días como hoy, creo que es lo que merezco. Vivir como si viera mi vida desde otro cuerpo.

miércoles, agosto 27, 2008

Saudades


Saudade é uma espécie de lembrança nostálgica, lembrança carinhosa de um bem especial que está ausente, acompanhado de um desejo de revê-lo ou possuí-lo. Uma única palavra para designar todas as mudanças desse sentimento é quase exclusividade do vocabulário da língua portuguesa; há mesmo um mito de que seja intraduzível.


Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras,
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
- Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é - lago sereno,
O céu - um manto azulado,
O mundo - um sonho dourado,
A vida - um hino d'amor!

Que auroras, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia,
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
- Pés descalços, braços nus -
Correndo pelas campinas
À roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!


Meus oito anos – Casimiro de Abreu

viernes, agosto 15, 2008

Para não lembrar de todo o resto que não posso mudar

Quem nunca quis mudar o mundo? Ter a ousadia de dar alguns passos a frente ou até mesmo a coragem de dar esses passos para trás?

Quem é que nunca teve vontade de mudar de direção de repente? Andar contra o vento, ficar na chuva, deixar-se levar pela correnteza do rio?

Eu já acordei com vontade de mudar o mundo. Mas chutei o canto da cama. Isso foi um acidente, e essa dor me fez esquecer do que eu realmente queria quando acordei, mesmo com o coração ferido...

Às vezes a dor mais recente nos faz esquecer do que realmente nos machuca, ainda que seja menos intensa.

E foi assim que o mundo me mudou e eu mudei minha cama de lugar.

domingo, agosto 10, 2008

Vale por mil palavras

"Continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar..."

martes, agosto 05, 2008

TNT

Ando em uma fase mais explosiva do que o normal.
Explodo como o TNT mais volátil com uma facilidade incrível.
Desço do salto e nem penso no que estou falando.
Devo estar no meu inferno astral, sei lá...
Vou beber um frasco de maracujina pra ver se passa.
E desculpem o mal jeito.

viernes, agosto 01, 2008

Em alguns momentos passa diante de mim um pouco do que já fui, um pouco do que ainda vou ser. Ai vem um pouco de saudade, um pouco de tristeza, alegria, solidão, um pouco de tudo que não se quer pouco. Um pouco de amor, um pouco de paixão, um cadinho de atenção e um pouquinho de audácia porque não ?

Um pouco de religião, um pouco dos meus sonhos,um pouco de familia, um pouco de arrependimentos, um pouco das minhas realizações e um pouco das coisas sem graça também. Coisas quem nem tão pouco lembro, mas mesmo tendo sido pouco também deixaram um oco e passa diante de mim.

Um pouquinho de cada coisa que no fim das contas é tudo, tudo pelo que vivemos, tudo pelo que lutamos, tudo que mais queremos. Enfim.. um pouco de tudo.