martes, junio 24, 2008

Cartão Vermelho


Não me canso de perceber quão desigual é este país no qual tanto esforçamos para acreditar pelo menos um pouco.

Acreditar em que mesmo que não haja saídas de dentro deste precipício, que haja pelo menos fé. Mesmo a fé ta ficando descrente com essa sociedade.

Tanta gente batalhadora que tem suas humildes esperanças diminuídas a cada novo dia que começa , dias às vezes nem sempre bem vindos.

Pessoas que precisam depender de ajudas alheias para usufruir do mais básico para viver sobrevivendo pela caridade mascarada e descarada de governos corruptos, instituições falidas, ONGs capitalistas, empresas mal intencionadas e até religiões demagogas lideradas por charlatões sem vergonha,todos movidos pelo egoísmo e hipocrisia indiscriminada.

Sem muitas alternativas mundanas essa gente se apega à fé e esperança em Deus, deuses, alienígenas, bichos da selva e em qualquer crença no abstrato ou no que for mais confiável no momento, claro que desde não seja deste mundo ou tenha sede instalada em Brasília.

O orgulho de ser pessoa de bem já não é mais suficiente se autodenominar dignos de olhar de cabeça erguida para seus próximos e que de certa forma nem mesmo conseguem entender aonde está o erro, culpam o destino. Mas sabemos onde está o erro, creio que em nós mesmos que aprendemos a ficarmos calados, aprendemos a fechar os olhos e dizer sim para o que não entendemos.

Gostaria de poder garantir aos filhos um mundo mais socialmente justo para se viver pelo menos razoavelmente bem, mas que não parece existir neste futuro próximo, e acho que nem mesmo posso confiar num futuro remoto. Tantos atos estarrecedores nos tornam descrentes com esperanças globalizadas.

Ah, quiseste Deus que um dia eu soubesse como é viver assim, talvez eu poderia melhor expressar essa revolta simbólica por alguns que realmente vivem cada minuto dependendo destes poderosos, ou melhor, “poderosos”.

Melhor finalizar para não parecer demagoga também.

viernes, junio 20, 2008

La República Independiente de mi Alma


Estoy cansada de luchar y perder, del paso del tiempo insensible que nos roba la vida y nos deja el recuerdo. No soporto esto de respirar y latir sin llegar a vivir. Se me anudan las palabras en la garganta y en los dedos cuando debiera aprender a decir lo que es cierto.

Me propuse una vida nueva en un mundo antiguo y ahora sólo me dejo llevar sin sentido. En realidad, creo, nada lo tiene (el sentido), ni nada vale la pena suficiente como para torturarme constantemente, y sin embargo, lo hago. Será que yo soy así, que en el fondo me gusta sufrir, pero es que no concibo la vida sin sentir cada segundo clavándose en mi piel, y cada sentimiento nacer con la fuerza de un volcán, para extinguirse después en el mar que rodea mi isla desierta. La República Independiente de mi Alma.

domingo, junio 15, 2008

Nó na garganta

Nem tudo que parece, é. Pouco falo sobre mim, apesar de todos acharem que me conhecem bem, mal sabem sobre os pensamentos mais sombrios que rondam minhas idéias. Todos os meus sentidos e sentimentos são vuneráveis, quase tão frágeis quanto as certezas.

Os discursos que treinei ficam à margem de toda e qualquer candura. E o que sou eu, sem que minha inocência possa aflorar? Sou pedaço de diamente sem lapidação, flor de laranjeira ao chão.

Fico tão desiludida de mim, sem esperar nada de ninguém, muito menos da vida, que é serpentina ao vento e poeira em dia de chuva.

A vida, que me traz tempestades e furacões sem que eu os peça, sabe o quanto eu prefiro morrer na tempestade a viver na calmaria.

Talvez todas essas dúvidas sejam conseqüência da época do ano, em que há menos flores que espinhos. Mas é preciso espinhos para cultivar a flor em sua mais bela forma, para manter afastadas todas as pragas que podem exterminá-la.

A escolha dos espinhos é minha, até que as formigas não se retirem. Enquanto os purgões resolverem comer minhas pétalas, manterei o ritmo acelerado e as mãos cheias de pedras.

O maior problema é a falta de escolha que se segue em meu destino. É preciso aprender a ler as pessoas, mesmo que não tenham capacidade para escrever a poesia em si.

É, esqueci que as pessoas estão iletradas na alma, o alfabeto transcedental sumiu, secou-se a fonte.

Desculpem-me pelas janelas abertas, pela porta da geladeira que insisto em esquecer de fechar, da direção seguida e perdida. Me esqueci até de guardar minha fé em pó solúvel, assoprada para mais longe a cada dia que passa.

Se quer saber, é até bom que ela voe como passarinho, assim pára de dar nó, afirmando que muitos passarão e deixa de fazer de mim uma sombra sem assombração.

martes, junio 10, 2008

Olhando pra trás

Acho a vida engraçada. Parece que às vezes ela faz uma pegadinha comigo, dizendo que naquele momento o meu caminho não pode ser aquele, mas breve será. Eu nunca acreditei em destino, que as coisas tem tempo certo de acontecerem e aquilo que tiver que ser seu, voltará pra você. Balela, eu pensava! Não conseguia alcançar que na realidade, eu só tinha que continuar andando, aguentando as pedradas, equilibrando-me pela corda bamba da dor e mandar tudo que não me acrescentasse pro inferno.

No final, eu percebi que todos os meus sonhos estão aí, pra que eu os beije na boca. E a liberdade conquistada me faz sorrir pra tudo quanto é parede. Eu sou feliz por hoje e quando isso acontece, pode chover, relâmpago pode me atingir que não caio. Não deixo cair a coragem.

lunes, junio 02, 2008

Chega!!!

O mundo anda tão negativo! Onde foram parar os bons pensamentos? Só o que se espera é a decepção.

Posso não ser a pessoa mais indicada para falar de tal assunto, pois sou uma das tantas pessoas as quais desacreditaram no otimismo, mas nada impede que eu analise o assunto, certo?

O que vejo é a conformidade e comodidade dentre todos, esperando o pior acontecer e não fazendo coisa alguma para remediar a situação.

Falemos seriamente, todos sabemos que nem tudo é bom, nem tudo é viável, nem tudo dá certo, mas se nas poucas coisas que nos restam acreditar, se nós, autores e editores das idéias não supomos que darão certo, quem mais poderá supor? Ou melhor, como se concretizarão?