domingo, diciembre 30, 2007

Tomara

Tomara que nenhum dia acabe antes de eu sorrir com gosto para alguém.
Tomara que ninguém saia de perto de mim sem se sentir devidamente confortado, ou devidamente incomodado - tudo se for para o bem.
Tomara que eu não tenha vergonha de abraçar, de beijar, de apertar a mão, de tocar, de acarinhar quem quer que seja que me pedir carinho.
Tomara que eu consiga falar com calma, mesmo quando o assunto for nervoso.
Tomara que eu possa ajudar mais do que atrapalhar.
Tomara que nenhum sapo se instale na minha garganta por covardia - só por amor.
Tomara que eu não magoe ninguém, mas se magoar, tomara que eu seja rápida e eficiente em pedir desculpas.
Tomara que eu consiga abraçar e felicitar todos que fizerem aniversário, que conquistarem alguma coisa importante e que passarem por mudanças importantes na vida.
Tomara que eu tenha dinheiro pra comprar muitos presentes.
Tomara que a sensibilidade, o respeito e o amor façam morada em mim, todos os dias do próximo ano.
Tomara que eu me lembre que existe céu, que existe lua, que existe passarinho.
Tomara que eu faça silêncio suficiente para escutar o vento.
Tomara que sempre tenha uma árvore por perto de mim.
Tomara que eu ganhe muitas flores, de muitos tamanhos, odores e cores.
Tomara que eu coma mais devagar.
Tomara que eu beba mais água.
Tomara que minha pressão, meu colesterol e minha glicose não me traiam.
Tomara que meus anticorpos dêem conta do recado.
Tomara que eu tenha poucas gripes e dores, e que elas nunca sejam mais fortes que eu.
Tomara que eu reaprenda a descansar.
Tomara que tenha coragem pra mudar o cabelo.
Tomara que me achem bonita porque eu me sinto bonita.
Tomara que ninguém me traia.
Tomara que eu abrace muitas crianças todos os dias.
Tomara que eu não receba elogios demais.
Tomara que eu não receba elogios de menos.
Tomara que eu consiga tomar pelo menos um milkshake por mês.
Tomara que velhos fantasmas não venham bater na minha porta, e se vierem, tomara que eu saiba mandá-los embora.
Tomara que eu vá mais, muito mais ao cinema.
Tomara que eu prove coisas que nunca comi antes.
Tomara que eu saiba me afastar de pessoas ruins.
Tomara que eu reconheça uma boa chance se ela acontecer (e tomara que aconteça).
Tomara que eu me apaixone perdidamente por tudo que faço.
Tomara que minha cartão de crédito saia do rotativo.
Tomara que eu não use ninguém nem nada para fazer o mal.
Tomara que eu lembre de agradecer pelos dias e noites que tiver.
Tomara que eu escreva mais, muito mais.
Tomara que eu me lembre de acreditar em mim, mesmo (e principalmente) quando ninguém mais o fizer.
Tomara que eu saiba reconhecer uma derrota com classe.
Tomara que eu não tenha inveja de ninguém.
T omara que eu me anime a fazer planos para o futuro.
Tomara que tudo saia como o planejado, ou tomara que nada saia como o planejado.
Tomara que eu consiga usar agenda.
Tomara que eu consiga pintar telas em branco.
Tomara que eu aprenda a tocar violão.
Tomara que eu aprenda a viver dignamente.
Tomara que eu encontre um caminho.
Tomara que eu não me preocupe com dinheiro, nem por um segundo. Aliás, tomara que eu não me preocupe com nada que não for realmente preocupante.
Tomara que eu saiba brigar direito.
Tomara que eu sirva para unir pessoas.
Tomara que eu receba uma carta de amor bem bonita.
Tomara que eu escreva uma carta de amor bem bonita.
Tomara que eu faça um óculos legal.
Tomara que o Brasil não me envergonhe tanto.
Tomara que a natureza não fique tão brava conosco.
Tomara que o Bush seja deposto.
Tomara que as guerras sejam mais curtas e matem menos gente.
Tomara que a violência não seja banalizada.
Tomara que os jornais tenham mais boas que más notícias.
Tomara que eu descubra em quem eu vou votar.
Tomara que eu vá assistir um jogo no estádio.
Tomara que eu vá a um show de rock.
Tomara que eu vá a muitas pizzarias.
Tomara que alguém me tire pra dançar coladinho.
Tomara que eu conheça bastante gente nova.
Tomara que eu não esqueça de ninguém importante.
Tomara que minhas plantas não morram de sede.
Tomara que meu afilhadinho continue crescendo forte e com saúde.
Tomara que eu não junte tanto lixo.
Tomara que meus pés não sejam obrigados a pisar onde meu coração não me mandar ir.
Tomara que eu possa olhar o mar, ao menos uma vez.
Tomara que eu não deixe de ir ao médico.
Tomara que eu goste dos outros, e que os outros gostem de mim. Acima de tudo, tomara que eu goste de mim mesma.
Tomara que 2008 seja muito bonzinho comigo.
Tomara que o ano de vocês seja maravilhosamente novo, pessoas...
Um beijo enorme para todos. :-)

viernes, diciembre 28, 2007

Feliz Cumple

Hoje é seu aniversário. E apesar desses 28 aninhos, você ainda carrega consigo uma alma de criança, um jeitinho de moleque. Você é um menino aprendendo a ser homem ainda. Um homem que às vezes parece um menino assustado. Você ainda está desbravando o mundo e traz nos olhos o brilho do novo. Você sabe ser doce, você sabe ser terno. O que me faz admirar ainda mais você como pessoa, como homem.

E hoje é um dia de festa e os presenteados somos nós por termos sua presença em nossas vidas. Nada do que eu lhe escreva ou diga, pode mensurar o tamanho da gratidão que eu tenho por você ser meu maridinho. Porque você me presenteia todos os dias com seu sorriso que ilumina o mundo. Porque eu me sinto segura quando me carrega em seus braços. Porque eu encontro paz nas tuas palavras. Porque eu sou mulher quando ouço você dizer que me ama. Porque vejo um futuro bom quando olho nos teus olhinhos. Você, meu amor, é o meu presente. Aliás, o nosso. Porque são privilegiados aqueles que te conhecem e têm sua amizade. Então, nos permita agradecer este presente maravilhoso que você é. E o que eu posso desejar a uma pessoa tão especial como você é apenas felicidade. Felicidade sempre. Todos os dias, todos os momentos, todos os anos. Porque eu te amo e te amo e te amo. E se esse amor nos basta, desejo-lhe o que de bom a vida possa lhe trazer. O resto é por nossa conta.

lunes, diciembre 24, 2007

Desejos de esperanças

A natureza humana é má e perversa. Tente educar uma criança pra ver se não é verdade. Não é preciso ensiná-la a morder, a tomar as coisas da mão de alguém, a fazer careta, a esconder o que ela acha que é dela para não emprestar aos outros, a discriminar e execrar aquilo que lhe parece ruim ou feio, a dar um tapa na cara da mãe que a alimenta e que fica sem dormir dias por causa da manha dela. Mas tente fazê-la entender como é importante o amor, a solidariedade, a doação, a leveza, a nobreza, a lealdade. É trabalho pra uma vida inteira. E o pior: boa parte das vezes não dá certo. A natureza humana é ruinzinha, sim. E egoísta. E cruel. E violenta. E covarde. E megalômana. E triste.

Porém, está em um belo texto da Bíblia "quero trazer à memória aquilo que me dá esperança" (Lamentações de Jeremias 3.21). O ser humano é capaz de fazer coisas absolutamente incríveis. As pessoas conseguem dar significado a coisas que aparentemente não parecem com nada, nem serviriam para nada. Me dá esperança olhar uma obra de arte. Me dá esperança ver um belo buquê de flores. Me dá esperança pegar alguém no colo. Me dá esperança ler um lindo poema. Me dá esperança ouvir uma boa música. Me dá esperança ver tanta gente discutindo alternativas para salvar o planeta. Me dá esperança ver que muita gente vive na batalha pra conseguir ganhar o pão honestamente. Me dá esperança saber que tem gente que supera o seu complexo de ostra e se aventura a gostar de uma outra pessoa. Me dá esperança que aquela mesma criancinha do começo do texto, ruinzinha por natureza, consiga domar seus instintos malvados em prol de conviver bem com outras pessoas. Porque no fundo é isso que queremos: estar com outras pessoas - numa boa, confortáveis, de barriguinha cheia e com perspectivas e sonhos coloridos pela frente.

Tá certo que é legal ganhar presentes, cozinhar uma porção de coisas gostosas pra comer, encontrar os parentes e amigos, conferir a exuberância das decorações de natal pela cidade. Mas o que eu acho que estou querendo dizer é que o melhor de tudo mesmo é acreditar que vale a pena continuar acreditando na humanidade. É isso que eu acho que Deus quis dizer quando permitiu a vinda de Cristo a este mundo. Ele tomou uma decisão - acreditar no nosso pequeno (mas resistente) potencial de bondade e crescimento pessoal.

É uma decisão possível para nós acreditar nisso também. Não ignorando as coisas horríveis que acontecem todos os dias em todos os cantos só porque é natal. Mas acreditando que, mesmo diante de tantos problemas, coisas boas ainda podem acontecer. E muitas delas podem começar por nós.

E é isso que eu desejo a vocês, pessoas queridas, neste natal: muita fé e esperança. Não no que somos, porque as coisas não andam nada agradáveis nesta Terra. Mas sim no que podemos ser.
Beijos e Feliz Natal!

jueves, diciembre 20, 2007

Las alas de la mariposa

A tenor de las rebuscadas pruebas que diluvian en mi urbano habitat, pienso que la felicidad, en el poco probable caso de que pueda tomar forma, resulta ser el rara avis más preciosa, preciada.

¿Qué posibilidad hay de que si tomas un puñado de tierra del suelo al azar encuentres en él un diamante?

Con todo yo puedo afirmar que es menor el porcentaje si piensas en el tiempo de felicidad vivida dentro de la duración que tu historia alcance a estirarse. Como con un cuentagotas, nuestra historia fue diseñada de manera que un instante de bienestar puede ser apreciado al máximo, en absoluto condenado al olvido con facilidad.

Igual que todas las mariposas que en su cruel historia, tras una triste y monótona vida reciben sus hermosas alas para morir poco después sin apenas llegar a ser conscientes de lo maravilloso del milagro del que son protagonistas.

De este mismo modo la felicidad nos roza para abandonarnos sin remordimientos instantaneamente dejando tras de sí el suspiro de la nostalgia por aquellos mágicos breves momentos perdidos.

sábado, diciembre 15, 2007

Chuva


Quando estou triste, gosto mesmo que chova.

Acho que tristeza não combina com dias ensolarados e gramados verdes. Tal sentimento parece com o cinza do céu, com falta de luz e a completa ausência de velas [elas são românticas], com decepções, com horas jogadas fora, com um nada de brilho no olhar. A não ser que esse tal brilho venha de uma lágrima que não sabe se cai ou se enfeita aquele estranho semblante que não consegue se misturar à multidão.

Quando estou triste, gosto mesmo de dias de chuva. É quando posso chorar e ninguém, ou quase ninguém, vai saber se eu choro ou se é essa tal chuva que insiste em molhar meu rosto e minha alma também.

miércoles, diciembre 12, 2007

Acaros de primavera


No quiero cantarle a la tristeza....no quiero escribir de luto.... no...no quiero hablar de vacios mas que para llenarlos...no quiero hablar de ausencias...no quiero añorar lo que ya no volvera a ser lo mismo.

No quiero escribir al hastio ni al desencanto, no quiero hacer oda a los callejones oscuros, no ya no quiero salvar a nadie que no quiera ser salvado.

Quiero escribir a lo absurdo, a lo cotidiano, a la etapa nueva que empieza, ha este mes de diciembre que me han devuelto. A las notas musicales, al algodon, al intento y al logro, a la meta...a las promesas cumplidas.

De todo lo demas....hoy no quiero hablar.

viernes, diciembre 07, 2007

Comiendo perdices

A veces encuentro la felicidad de repente, o tal vez me encuentra ella a mi... como cuando estoy a la sombra de mi limonero, o cuando prendia un incienso y mi gata ronroneaba en mis rodillas.


A veces me encuentro la felicidad, como si andara todo el dia por la casa y me la tropezara de frente.


martes, diciembre 04, 2007

Aqui estoy

¿Te acuerdas de mi?

Soy tu cuando no tenias miedo de ser yo. No te olvides que sigo aqui.
Tu niño interior.