viernes, junio 15, 2007

Felicidade Instantânea Prolongada

Quando de repente eu gritei de tanta felicidade e o céu inteiro se abriu no meio da tempestade e o sol se pôs. É a salvaguarda do meu sorriso encontrando o limite e o ultrapassando. Revisitei as linhas da minha mão e vi que o fim dela já chegou faz tempo, mas sou persistente e continuo amanhecendo todos os dias já que sou valente maior que a morte. Sou inimigo da sorte, caio o tempo todo em bueiros, mas me regenero já que sou chama de um fogo que não se apaga. Minha pele queima em brasas, minhas falas ensurdecem, madrugo meus pesadelos e me jogo no mar da vida, que a liberdade é algo só meu e apenas isso. Quando de repente eu gritei de tanto amor e o meu peito estourou a agonia, arrisquei pular abismos como amarelinha e me vi chorando, agora, de tanto prazer. Sou filho da alegria, sambo quando acordo todo dia, carrego correntes que tentam me aprisionar, mas aguento o peso e sigo em frente. Quando de repente eu gritei de tanta loucura, minha boca se encheu de ternura e no lugar da minha rouquidão veio a esperança. Arrisquei entrar na dança e voei até onde meus pulmões não podiam se encher de solidão. Hoje sou luz e não escuridão. Sou reflexo das gargalhadas das crianças, amante da realidade e passivo de sonhos… realizados… senão não vale. Encontrei finalmente o que chamam de libertação.

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