martes, diciembre 06, 2011

Chuva

Quando foi a última vez que você tomou banho de chuva sem se preocupar com o celular no bolso, os cartões do banco, a chapinha, o sapato que não pode molhar? Pois é... hoje eu esqueci da maldita sombrinha e não tive outra escolha!

jueves, diciembre 01, 2011

Sonhos

Quando criança, eu sonhava estudar dinossauros. Hoje em dia tenho outros sonhos mas ainda tenho brontossauros debaixo da minha cama.

lunes, octubre 24, 2011

Sometimes life is good

Estou feliz com os rumos que a minha vida está sendo levada. Levada pelo momento mesmo, e que valha muito a pena. Está valendo... Cada instante fica cada vez mais mágico, feliz, desprendido, gostoso, intenso... Aiaiai, mas estou feliz como nunca estive antes. Com planos, coisa que há muito tempo não tinha. E sonhos então??? Caramba, como faz bem!

viernes, octubre 21, 2011

Momentos Mágicos

Diante de tantas atividades em nosso cotidiano acabamos não nos dando conta do que está acontecendo em nossa volta. A sensação de estar correndo atrás de algo que nunca chega ou de estar conquistando aquilo que não é o suficiente, nos remete a querer sempre mais, a quere andar mais rápido, tolerar menos e produzir mais.

Dessa forma, a vida vai passando e muitos momentos mágicos acontecem e passam despercebidos. Poderíamos levar a vida um pouco mais leve, nos preocupando menos com o que os outros estão pensando de nós e desfrutando mais dos bons momentos.

Momento mágico é poder contemplar uma bela paisagem, o sorriso de uma criança, ouvir o barulho da chuva, tomar um bom café da manhã, receber uma carta com notícias de um grande amigo. Desafio a cada um de vocês a classificar os seus momentos mágicos e desfrutá-los.

Momentos mágicos são únicos, e merecem ser bem vividos.

viernes, octubre 07, 2011

Nietzsche


"Não posso acreditar num Deus que quer ser louvado o tempo todo." (Friedrich Nietzsche)

miércoles, julio 13, 2011

Verdades


Quem nada me acrescenta, nenhuma falta me faz.

martes, julio 05, 2011

Um pouco de Clarice Lispector

"Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre."

martes, junio 21, 2011

...


Mantenho meu olhar fixo no horizonte... por um momento apenas, tudo que quero são meus pensamentos e a música que toca em minha alma...

miércoles, junio 15, 2011

Super-Herói

Quem nunca brincou de esconde-esconde e gritou:
- "Um, dois, três, salvo todo mundo!"
Não sabe o que é ser herói.

sábado, junio 11, 2011

Recordar é viver

Quem nunca recebeu uma prova feita no mimeógrafo não sabe como é bom sentir o cheirinho do álcool!

viernes, junio 10, 2011

Colorindo

Minha vida é colorida, tenho bastante lápis de cor...
Empresto pra quem quiser pintar a sua.
Mas... por favor, não borrem a minha.

jueves, junio 09, 2011

Bumerangue

A vida é um bumerangue, se você não gosta do que anda recebendo, dê uma olhada no que anda mandando...

miércoles, junio 08, 2011

Sobre cães e homens

”Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele.”

martes, junio 07, 2011

Simples assim...


Deixe para chorar quando você estiver no topo, e que seja de felicidade!

sábado, mayo 21, 2011

Cuenta atrás



Me da vértigo el punto muerto
y la marcha atrás,
vivir en los atascos,
los frenos automáticos y el olor a gasoil.
Me angustia el cruce de miradas
la doble dirección de las palabras
y el obsceno guiñar de los semáforos.
Me da pena la vida, los cambios de sentido,
las señales de stop y los pasos perdidos.
Me agobian las medianas,
las frases que están hechas,
los que nunca saludan y los malos profetas.
Me fatigan los dioses bajados del Olimpo
a conquistar la Tierra
y los necios de espíritu.
Me entristecen quienes me venden clines
en los pasos de cebra,
los que enferman de cáncer
y los que sólo son simples marionetas.

Me aplasta la hermosura
de los cuerpos perfectos,
las sirenas que ululan en las noches de fiesta,
los códigos de barras,
el baile de etiquetas.
Me arruinan las prisas y las faltas de estilo,
el paso obligatorio, las tardes de domingo
y hasta la línea recta.
Me enervan los que no tienen dudas
y aquellos que se aferran
a sus ideales sobre los de cualquiera.
Me cansa tanto tráfico
y tanto sinsentido,
parado frente al mar mientras que el mundo gira.

Extraído del poema "Cuenta atrás" de Francisco M. Ortega Palomares

viernes, mayo 20, 2011

Secretos del pasado

Cuando revolvemos el pasado nos damos cuenta de que, ni los malos son tan malos, ni los buenos son tan buenos. Al final, todo el mundo miente, sobre todo en aquellas cosas que no cuentan. En los silencios que carecen de respuestas.

martes, mayo 17, 2011

Lições de Vida


Passei parte de minha vida cometendo o erro de perguntar a mim mesma se eu fazia falta à vida de alguém. Um dia experimentei fazer a mesma pergunta, só que ao contrário: existe alguém que faça falta em minha vida?

Quando inverti a pergunta percebi, surpresa, que as respostas passaram a depender somente de mim. Descobri que eu era a única responsável pelos buracos que misteriosamente surgiam em minha alma e me levavam ao sofrimento. Era eu mesma quem os escavava nos momentos de solidão...

Desta forma a vida foi-me ensinando que não há como ser plena sem a presença do outro. Somos seres incompletos, e me surpreendi ao descobrir que a melhor parte de mim vagava pelo mundo espalhada em seres diversos. A aventura de encontrar e recolher cada um desses pedaços não só me tornou melhor e mais feliz, como me apontou o verdadeiro propósito de minha existência no planeta. Graças a um anjo chamado Amizade, aprendi que enquanto eu me descobria nos outros, ao mesmo tempo nós nos completávamos.

Hoje eu alimento meu espírito fazendo uma espécie de “inventário da alma”: esforço-me em lembrar de todas as pessoas que em algum instante foram importantes em minha vida; que fizeram diferença em momentos vitais; que inocularam em minha alma dúvidas que me impeliram a crescer; que foram companheiras de simples presença, protegendo-me com seu calor, silencioso e paciente.

Depois de tudo, aprendi talvez a derradeira lição: amor é sentimento voluntário. Diferente disso, ele se anula em seus contrários. Somente amando podemos nos tornar aptos a receber esta energia que nos humaniza e purifica. Hoje, sentir a falta de alguém não é mais sofrer o vazio de sua ausência, mas sentir-me feliz com a plenitude de sua presença, não importa se esta pessoa viva em outro país, ou esteja distante no tempo.

Como na música que embalou minha juventude, sentir saudade é como cantar: “Quando você estiver abatido e preocupado, e precisar de ajuda, e nada, nada estiver dando certo, feche seus olhos e pense em mim que logo estarei aí, para iluminar até mesmo suas noites mais sombrias...”.

lunes, mayo 02, 2011

Deleite


Em um dos passeios diários do Theo, mudei o caminho... segui rumo ao gasometro.
O dia estava ensolarado e a temperatura amena, foi quando me deparei com um dos entardeceres mais lindos que já presenciei. O céu estava colorido em vários tons confusos de azul e laranja que eram refletidos impecavelmente nas águas do Guaíba. Havia uma brisa leve que garantia uma sensação de serenidade a quem estivesse por ali.
Tudo parecia estar em sintonia. Sentei em um dos banquinhos e fiquei ali parada, estática, contemplando tudo. Simplesmente desejando sentir e prolongar aquela paz pelo maior tempo que pudesse. Por um instante desejei ter alguém para compartilhar aquela dádiva. Mas estávamos apenas eu e o Theo. Não havia mais ninguém ali. Lamentei não ter levado uma máquina fotográfica - mesmo sabendo que ela não poderia registrar o contexto do momento, os sons, a brisa, a harmonia, a magia que imperava naquele cenário.
Agradeci a Deus por aquele presente, pois estava triste e a visão da paisagem me alegrou imensamente. Pensei em diversos lugares do mundo aonde poderia estar, nas pessoas, amores e culturas diferentes que poderia ter conhecido, caso minhas escolhas tivessem sido outras. E fiquei feliz por estar ali. Porque percebi que fiz a escolha certa.

lunes, abril 18, 2011

Como se explica a Páscoa


- Papai, o que é Páscoa?

-Ora, Páscoa é... bem... é uma festa religiosa!

-Igual ao Natal?

-É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus, e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressureição.

-Ressurreição?

-É, ressurreição. Marta , vem cá !

-Sim?

-Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.

-Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?

-Mais ou menos... Mamãe, Jesus era um coelho?

-O que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu! Nem parece que esse menino foi batizado! Jorge, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã! Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola? Deus me perdoe! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo!

-Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus?

-É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.

-O Espírito Santo também é Deus?

-É sim.

-E Minas Gerais?

-Sacrilégio!!!

-É por isso que a ilha de Trindade fica perto do Espírito Santo?

-Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a
professora explica tudinho!

-Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?

-Eu sei lá! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.

-Coelho bota ovo?

-Chega! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais!

- Papai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?

-Era... era melhor,sim... ou então urubu.

-Papai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né? Que dia ele morreu?

-Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.

-Que dia e que mês?

- (???) Sabe que eu nunca pensei nisso ? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-feira Santa e ressucitou três dias depois, no Sabado de Aleluia.

-Um dia depois!

-Não três dias depois.

-Então morreu na Quarta-feira.

- Não, morreu na Sexta-feira Santa... ou terá sido na Quarta-feira de Cinzas? Ah, garoto, vê se não me confunde! Morreu na Sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois!

-Como?

- Pergunte à sua professora de catecismo!

- Papai, porque amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua?

- É que hoje é Sabado de Aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.

- O Judas traiu Jesus no Sábado?

- Claro que não! Se Jesus morreu na Sexta!!

- Então por que eles não malham o Judas no dia certo?

-Ai...

- Papai, qual era o sobrenome de Jesus?

-Cristo. Jesus Cristo.

-Só ?

-Que eu saiba sim, por quê?

-Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?

-Ai coitada!

-Coitada de quem?

-Da sua professora de catecismo!


Luiz Fernando Veríssimo


miércoles, abril 13, 2011

Amor


E no fundo o amor que você dá, é o amor que você quer receber.

(Paul McCartney)

sábado, abril 09, 2011

...


“Abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.”
(Caio Fernando Abreu)

lunes, abril 04, 2011

Tarefas de uma vida


01. Pagar bebidas pros seus amigos.
02. Pegar num tubarão.
03. Dizer “eu te amo” sentindo amor de verdade.
04. Abraçar uma árvore.
05. Achar que vai morrer.
06. Ficar acordado a noite inteira só pra ver o sol nascer.
07. Cultivar e comer suas próprias frutas e vegetais.
08. Dormir sob as estrelas.
09. Mudar a fralda de uma criança.
10. Ver uma estrela cadente.
11. Ficar embriagado.
12. Doar coisas para caridade.
13. Não dormir por 24 horas.
14. Olhar para o céu e achar o cruzeiro do sul.
15. Ter um ataque de riso na pior altura possível.
16. Fazer uma luta de comida.
17. Apostar e perder.
18. Convidar um estranho para sair.
19. Fazer guerrinha de papel.
20. Pegar num cordeiro.
21. Gritar o mais alto que puder.
22. Andar de montanha russa.
23. Dançar como um louco e não se preocupar se estão olhando.
24. Falar com sotaque por um dia inteiro.
25. Estar mesmo feliz com a tua vida.
26. Ter dois Hard Drives para o computador.
27. Conhecer o teu país.
28. Cuidar de alguém embriagado.
29. Ter amigos fantásticos.
30. Dançar com um estranho.
31. Fazer um passeio de noite na praia.
32. Ficar de coração partido mais tempo do que se esteve realmente apaixonado.
33. Sentar na mesa de um estranho num restaurante e comer com ele.
34. Imitar uma vaca.
35. Fingir que é um super herói.
36. Cantar no Karaokê.
37. Mergulhar.
38. Beijar na chuva.
39. Brincar na lama.
40. Brincar na chuva.
41. Apaixonar-se e não ficar de coração partido.
42. Fazer uma arte marcial.
43. Entrar num filme.
44. Ser penetra numa festa.
45. Ficar sem comer 5 dias.
46. Fazer um bolo sozinho.
47. Fazer uma tatuagem.
48. Receber flores sem razão.
49. Representar num palco.
50. Gravar música.
51. Ter um caso de uma noite.
52. Guardar um segredo.
53. Cantar bem alto no carro e não parar qdo perceber que tem gente olhando.
54. Sobreviver a uma doença em que se podia ter morrido.
55. Perder dinheiro.
56. Cuidar de alguém com dor de cotovelo.
57. Fazer uma festa legal.
58. Por um piercing.
59. Partir o coração de alguém.
60. Evitar alguém de propósito.
61. Andar a cavalo.
62. Fazer uma grande cirurgia.
63. Ter uma foto sua num jornal.
64. Mudar a opinião de alguém sobre alguma coisa em que acreditas profundamente.
65. Fazer de um inseto um animal de estimação.
66. Selecionar um autor importante que não trabalhou na escola e lê-lo.
67. Comunicar-se com uma pessoa sem partilharem uma língua em comum.
68. Escrever a sua própria linguagem no computador.
69. Pensar que está vivendo um sonho.
70. Pintar o cabelo.
71. Salvar a vida de alguém.

miércoles, marzo 30, 2011

Caí no mundo e não sei como voltar


Galeano mexeu no baú da nossa vida lembrando-nos como agíamos, estabelecendo um paralelo entre como se vivia e como se vive. Tudo se volatiliza, bens e afetos. É um contraponto à sociedade consumista que, aos poucos (nem tanto aos poucos) está se consumindo!

O que acontece comigo é que não consigo andar pelo mundo pegando coisas e trocando-as pelo modelo seguinte só por que alguém adicionou uma nova função ou a diminuiu um pouco…

Não faz muito, com minha mulher, lavávamos as fraldas dos filhos, pendurávamos na corda junto com outras roupinhas, passávamos, dobrávamos e as preparávamos para que voltassem a serem sujadas.

E eles, nossos nenês, apenas cresceram e tiveram seus próprios filhos se encarregaram de atirar tudo fora, incluindo as fraldas. Se entregaram, inescrupulosamente, às descartáveis!

Sim, já sei. À nossa geração sempre foi difícil jogar fora. Nem os defeituosos conseguíamos descartar! E, assim, andamos pelas ruas, guardando o muco no lenço de tecido, de bolso.

Nããão! Eu não digo que isto era melhor. O que digo é que, em algum momento, me distraí, caí do mundo e, agora, não sei por onde se volta.

O mais provável é que o de agora esteja bem, isto não discuto. O que acontece é que não consigo trocar os instrumentos musicais uma vez por ano, o celular a cada três meses ou o monitor do computador por todas as novidades.

Guardo os copos descartáveis! Lavo as luvas de látex que eram para usar uma só vez.

Os talheres de plástico convivem com os de aço inoxidável na gaveta dos talheres! É que venho de um tempo em que as coisas eram compradas para toda a vida!

É mais! Se compravam para a vida dos que vinham depois! A gente herdava relógios de parede, jogos de copas, vasilhas e até bacias de louça.

E acontece que em nosso, nem tão longo matrimônio, tivemos mais cozinhas do que as que haviam em todo o bairro em minha infância, e trocamos de refrigerador três vezes.

Nos estão incomodando! Eu descobri! Fazem de propósito! Tudo se lasca, se gasta, se oxida, se quebra ou se consome em pouco tempo para que possamos trocar. Nada se arruma. O obsoleto é de fábrica.

Aonde estão os sapateiros fazendo meia-solas dos tênis Nike? Alguém viu algum colchoeiro encordoando colchões, casa por casa? Quem arruma as facas elétricas? o afiador ou o eletricista? Haverá teflon para os funileiros ou assentos de aviões para os talabarteiros?

Tudo se joga fora, tudo se descarta e, entretanto, produzimos mais e mais e mais lixo. Outro dia, li que se produziu mais lixo nos últimos 40 anos que em toda a história da humanidade.

Quem tem menos de 30 aos não vai acreditar: quando eu era pequeno, pela minha casa não passava o caminhão que recolhe o lixo! Eu juro! E tenho menos de ... anos! Todos os descartáveis eram orgânicos e iam parar no galinheiro, aos patos ou aos coelhos (e não estou falando do século XVII). Não existia o plástico, nem o nylon. A borracha só víamos nas rodas dos autos e, as que não estavam rodando, as queimávamos na Festa de São João. Os poucos descartáveis que não eram comidos pelos animais, serviam de adubo ou se queimava..

Desse tempo venho eu. E não que tenha sido melhor.... É que não é fácil para uma pobre pessoa, que educaram com "guarde e guarde que alguma vez pode servir para alguma coisa", mudar para o "compre e jogue fora que já vem um novo modelo".

Troca-se de carro a cada 3 anos, no máximo, por que, caso contrário, és um pobretão. Ainda que o carro que tenhas esteja em bom estado... E precisamos viver endividados, eternamente, para pagar o novo!!! Mas... por amor de Deus!

Minha cabeça não resiste tanto. Agora, meus parentes e os filhos de meus amigos não só trocam de celular uma vez por semana, como, além disto, trocam o número, o endereço eletrônico e, até, o endereço real.

E a mim que me prepararam para viver com o mesmo número, a mesma mulher, a mesma e o mesmo nome (e vá que era um nome para trocar). Me educaram para guardar tudo. Tuuuudo! O que servia e o que não servia. Por que, algum dia, as coisas poderiam voltar a servir.

Acreditávamos em tudo. Sim, já sei, tivemos um grande problema: nunca nos explicaram que coisas poderiam servir e que coisas não. E no afã de guardar (por que éramos de acreditar), guardávamos até o umbigo de nosso primeiro filho, o dente do segundo, os cadernos do jardim de infância e não sei como não guardamos o primeiro cocô.

Como querem que entenda a essa gente que se descarta de seu celular a poucos meses de o comprar? Será que quando as coisas são conseguidas tão facilmente, não se valorizam e se tornam descartáveis com a mesma facilidade com que foram conseguidas?

Em casa tínhamos um móvel com quatro gavetas. A primeira gaveta era para as toalhas de mesa e os panos de prato, a segunda para os talheres e a terceira e a quarta para tudo o que não fosse toalha ou talheres. E guardávamos...

Como guardávamos!! Tuuuudo!!! Guardávamos as tampinhas dos refrescos!! Como, para quê? Fazíamos limpadores de calçadas, para colocar diante da porta para tirar o barro. Dobradas e enganchadas numa corda, se tornavam cortinas para os bares. Ao fim das aulas, lhes tirávamos a cortiça, as martelávamos e as pregávamos em uma tabuinha para fazer instrumentos para a festa de fim de ano da escola.

Tuuudo guardávamos! Enquanto o mundo espremia o cérebro para inventar acendedores descartáveis ao término de seu tempo, inventávamos a recarga para acendedores descartáveis. E as Gillette até partidas ao meio se transformavam em apontadores por todo o tempo escolar. E nossas gavetas guardavam as chavezinhas das latas de sardinhas ou de corned-beef, na possibilidade de que alguma lata viesse sem sua chave.

E as pilhas! As pilhas das primeiras Spica passavam do congelador ao telhado da casa. Por que não sabíamos bem se se devia dar calor ou frio para que durassem um pouco mais. Não nos resignávamos que terminasse sua vida útil, não podíamos acreditar que algo vivesse menos que um jasmim. As coisas não eram descartáveis. Eram guardáveis.

Os jornais!!! Serviam para tudo: para servir de forro para as botas de borracha, para por no piso nos dias de chuva e por sobre todas as coisa para enrolar.

Às vezes sabíamos alguma notícia lendo o jornal tirado de um pedaço de carne!!! E guardávamos o papel de alumínio dos chocolates e dos cigarros para fazer guias de enfeites de natal, e as páginas dos almanaques para fazer quadros, e os conta-gotas dos remédios para algum medicamento que não o trouxesse, e os fósforos usados por que podíamos acender uma boca de fogão (Volcán era a marca de um fogão que funcionava com gás de querosene) desde outra que estivesse acesa, e as caixas de sapatos se transformavam nos primeiros álbuns de fotos e os baralhos se reutilizavam, mesmo que faltasse alguma carta, com a inscrição a mão em um valete de espada que dizia "esta é um 4 de bastos".

As gavetas guardavam pedaços esquerdos de prendedores de roupa e o ganchinho de metal. Ao tempo esperavam somente pedaços direitos que esperavam a sua outra metade, para voltar outra vez a ser um prendedor completo.

Eu sei o que nos acontecia: nos custava muito declarar a morte de nossos objetos. Assim como hoje as novas gerações decidem matá-los tão-logo aparentem deixar de ser úteis, aqueles tempos eram de não se declarar nada morto: nem a Walt Disney!!!

E quando nos venderam sorvetes em copinhos, cuja tampa se convertia em base, e nos disseram: Comam o sorvete e depois joguem o copinho fora, nós dizíamos que sim, mas, imagina que a tirávamos fora!!! As colocávamos a viver na estante dos copos e das taças. As latas de ervilhas e de pêssegos se transformavam em vasos e até telefones. As primeiras garrafas de plástico se transformaram em enfeites de duvidosa beleza. As caixas de ovos se converteram em depósitos de aquarelas, as tampas de garrafões em cinzeiros, as primeiras latas de cerveja em porta-lápis e as cortiças esperaram encontrar-se com uma garrafa.

E me mordo para não fazer um paralelo entre os valores que se descartam e os que preservávamos. Ah!!! Não vou fazer!!!

Morro por dizer que hoje não só os eletrodomésticos são descartáveis; também o matrimônio e até a amizade são descartáveis. Mas não cometerei a imprudência de comparar objetos com pessoas.

Me mordo para não falar da identidade que se vai perdendo, da memória coletiva que se vai descartando, do passado efêmero. Não vou fazer.

Não vou misturar os temas, não vou dizer que ao eterno tornaram caduco e ao caduco fizeram eterno.

Não vou dizer que aos velhos se declara a morte apenas começam a falhar em suas funções, que aos cônjuges se trocam por modelos mais novos, que as pessoas a que lhes falta alguma função se discrimina o que se valoriza aos mais bonitos, com brilhos, com brilhantina no cabelo e glamour.

Esta só é uma crônica que fala de fraldas e de celulares. Do contrário, se misturariam as coisas, teria que pensar seriamente em entregar à bruxa, como parte do pagamento de uma senhora com menos quilômetros e alguma função nova. Mas, como sou lento para transitar este mundo da reposição e corro o risco de que a bruxa me ganhe a mão e seja eu o entregue...

Eduardo Galeano
Jornalista e escritor uruguaio


lunes, marzo 21, 2011

Otoño


Los árboles nudistas dan la primera señal, la psicosis de la gripe A, los boniatos y el olor a castañas que inhundan las calles.

El frio que aún no aparece, las pequeñas chaquetas de punto y el sol que se niega a irse de vacaciones.

Todo apunta a un nuevo otoño.

viernes, marzo 11, 2011

Tocando el cielo

A veces, con esfuerzo, uno es capaz de tocar el cielo con las yemas de los dedos, dejando así toda la distáncia hasta llegar a él, justo debajo de tus pies.

jueves, febrero 24, 2011

Distáncias

Te miro y de repente el horizante es tan distante como tú.

martes, febrero 22, 2011

Amizade

"- O quanto vocês são amigas?
- Do nível que se ela matar alguém, eu escondo o corpo e não faço perguntas.”

viernes, febrero 18, 2011

Recuerdos

A veces tengo la sensación de que mis recuerdos se van... poco a poco, con cautela y sosiego, en un día de lluvia. A veces siento que se van porque no los necesito, porque ya cumplieron su función... dejando espacio para otros.

Otras veces los persigo, como el perro que corre tras su dueño, y corro hasta sentir un pinchazo en el medio del pecho... y jadeando mientras apoyo mis manos en mis rodillas flexadas, miro alzando la mirada siendo consciente de que lo estoy olvidando.

Otras en cambio aparecen de repente como golosinas, algo que crei haber olvidado, alguna tonteria de la infáncia, algo que debio parecerme por entonces importante. Como el tic tac que hacia el reloj del comedor cuando todo estaba en silencio, o mi papá durmiendo la siesta, o aquel día que bailaba en el living con unos pedientes de flor de campanilla que me colgo mamá.

A veces tengo la sensación de que mis recuerdos van y vienen, ajenos a mi.

martes, febrero 15, 2011

Vida

Hoje quero fazer um desabafo! E quero falar para a menina que já fui.

Já postei, aqui, sobre o texto da Marta Medeiros, a Miss Imperfeita. Pois é, hoje quero dizer mais ou menos o que ela disse, porém com outras palavras.

Sempre quis e sempre acreditei que seria perfeita, que seria a mãe ideal, a profissional competentíssima, a mulher maravilhosa por quem os homens “babam” quando passa. Sempre achei que seria poliglota, viajante, inteligente, amorosa, apoio de todos, enfim, o modelo que vi durante anos e anos, nos anúncios de propaganda (enfim, a vida idealizada em salas de reuniões de publicitários).

Mas não sou! Sou comum, bem comum.

Sou uma mulher como todas: quero amar, ter filhos, trabalhar, ter amigos pra poder chorar no ombro deles, enfim, sou comuníssima.

Hoje, quero dizer para aquela menininha que fui: não seja a mulher perfeita! Seja você! Em alguns dias, você será feliz e tudo dará certo. Em outros, tudo sairá dos trilhos. Nesses dias, o resultado depende de você: ou o fracasso total ou algum aprendizado. Enfim, viva! A vida é assim. Pra todo mundo.

E quero dizer ainda pra ela: cuidado com aqueles que choram por tudo, mas cuidado, também, com aqueles que estão sempre muito bem. Muitas vezes, aparentar estar bem é uma defesa ou uma necessidade.

Viva! Não existem fórmulas! Só existe a vida e ela é o que desejamos que seja!

martes, enero 18, 2011

Gritar

Às vezes preciso gritar para espantar meus próprios demônios.

miércoles, enero 12, 2011

Saudades

Tres anos sem minha mãe... e parece que foi ontem que ela partiu.

Encontrei este texto nesta imensa blogosfera, e não é necessário mudar nenhuma vírgula para que eu me veja nele.

"Quando alguém vai embora, o dia, ainda que o sol brilhe e o céu esteja azul, fica cinzento, chuvoso, amuado. Um frio constante abaixa a temperatura do corpo, fazendo com que se fique encolhido e com o olhar perdido, como se tivessem apagado uma chama de dentro do coração. Chama esta que pode até voltar a se acender ( e é desejável que reacenda ). Mas sempre haverá uma falha nela – a falha deixada pelo alguém que foi embora.

Quando alguém vai embora, para nunca mais voltar, a alma leva um grande choque, por mais que a cabeça entenda que tudo, absolutamente tudo nessa vida é provisório e passageiro, que os caminhos se cruzam e se descruzam, e que certas coisas são inevitáveis. Então, a alma se veste do mais suntuoso negro, recolhendo-se, e ficando vazia e triste. Às vezes, os olhos, as mãos, a boca vazam essa tristeza; outras vezes, não há ânimo nem para isso. E assim, vestida de negro, a alma contempla a vida, esperando a hora de voltar a sorrir, ainda que o sorriso tenha um traço leve de tristeza – o traço deixado pelo alguém que foi embora.


Quando alguém vai embora, o tempo castiga quem ficou. O dia tem mais horas, os minutos mais segundos, e tudo é mais demorado e difícil. Às vezes, sente-se a densidade dos momentos passando, quase tão pesada que se poderia tocar com a mão. E, nessas horas, chega-se a ter certeza que jamais se poderá seguir com a vida em frente com a falta tamanha que aquele alguém que foi embora faz. Mas a vida segue, e quem ficou segue com ela.


Quando alguém vai embora, quase sempre vem um arrependimento, e a sensação estranha de que não há mais chances. Fica-se pensando na conversa importante que não houve, na declaração que não foi feita, no carinho que se deixou pra depois, nos erros que foram cometidos, no desabafo que não foi externado, no amor que ficou pra ser sentido, no tempo que era pra ser vivido juntos e cheio de tantas coisas, e agora tem que ser passado em solidão. E tudo isso vai formando um nó que tampa a garganta, interrompe a respiração durante o sono, não te deixa comer e provoca uma sensação de abandono que só poderia ser deixada por aquele alguém que foi embora, porque cada história é única.


Quando alguém vai embora, quem ficou percebe coisas que antes não eram percebidas, e quanto mais o tempo passa, mais se percebe. Começa a fazer falta aquele olhar de carinho ou reprovação, aquela voz invadindo a casa, aquela obrigação quase chata de ter que dar um telefonema, aquele jeito de falar e abraçar; e no começo dá a impressão de que tudo isso ficará perdido em algum lugar inatingível. As datas especiais ficam doloridas. Os códigos que só podem existir entre uma e outra pessoa que se gostam ficam sem sentido. A voz daquela pessoa soa em momentos inesperados, e o coração dói levemente. E quem ficou percebe que ninguém pode tomar o lugar daquele alguém que foi embora.


Quando alguém vai embora, as dúvidas começam a rondar a cabeça, e a fé sofre um abatimento. Percebe-se que o mais forte dos homens, a mais abençoada das mulheres, o mais saudável ser, um dia, sucumbe. Percebe-se que a existência é frágil. Vem a raiva, a percepção da impotência, o medo. Duvida-se da vida, da morte, de Deus, das pessoas, do amor. Assim como vem, as dúvidas vão e voltam sem resposta, porque não há respostas. E tudo isso pode virar amadurecimento ou amargura, dependendo de como quem fica quer aproveitar a experiência de perder o alguém que foi embora.


A verdade é que o mundo todo acaba quando alguém vai embora. E não dá a menor vontade de reconstruir nada. Nada.


Quando alguém vai embora, normalmente, se tem o carinho dos outros que ficam, e, passando pela mesma dor ou não, se preocupam em ser um consolo. E os abraços, os carinhos, as palavras, as lágrimas solidárias, o calor da alma dessas pessoas vai começando a esquentar a alma fria de quem ficou, a fazer efeito e recuperar o coração quebrado. E é nessas horas que se percebe o valor que tem dividir a vida com muitas pessoas em todos os momentos, porque são elas, e não o alguém que foi embora, que vão ajudando a levantar e olhar pra frente.


Quando alguém vai embora, quem ficou começa a trilhar uma estrada longa, que tem um nome melancólico – saudade. Essa estrada, a princípio, é enlameada, escorregadia, escura, esburacada; e muitas vezes faz cair, machucar, e quase desistir de andar. A dor é tão profunda, e parece estar enraizada em um lugar tão inacessível, que parece que nunca vai sarar. Mas ela sara. Aos poucos, ela sara. E aí chega a hora de deixar o tempo fazer seu trabalho. Chega a hora de sorrir de novo. De deixar as lembranças serem somente lembranças. De tirar o manto negro da alma. E, de repente, a estrada, apesar de a cada dia ter mais uns passos de distância, vai se tornando cada vez mais leve, mais iluminada, bonita até. E quem ficou percebe que, na verdade, aquele alguém pode até ter ido embora, mas nunca deixou de existir, e isso é uma forma de vida. A mesma vida que segue por tantas outras estradas que vão se cruzando, descruzando, e nunca voltam. E percebe-se que só se tem a agradecer a oportunidade de ter estado com aquele alguém que foi embora, mas sempre estará presente, de alguma forma. E então vem aquela paz que só o amor de verdade pode dar.”

martes, enero 11, 2011

Jasmin


Saudades dos buquês de jasmin que ganhava do meu pai...
Aqueles que ele comprava nas esquinas da Av. 18 de Julio.

sábado, enero 08, 2011

Talvez felicidad

Hay días en los que me inhunda tanta belleza...días en los que me siento tan llena de amor, que creo incluso que podría explotar.

jueves, enero 06, 2011

Cheiros

Como já escrevi, é o cheiro quem me escolhe.
Eu não sei meu CPF de cor, mas eu sei o cheiro de todos os acordes dos meus abismos.
Quero o Burberry Weekend, é um perfume que me perturba.
Não sei se tenho estrutura pra perder o chão, mas sei que é na falta dele que projeto as minhas asas.

martes, enero 04, 2011

...

El otro día al cruzar mi rostro frente al reflejo y al fruncir un gesto que hacia mi madre me dio por preguntarme en que momento me había hecho mayor... hasta ahora no me habia dado cuenta.
No hacen falta mapas para llegar al país de Nunca Jamás... siempre esta a tus espaldas.

lunes, enero 03, 2011

Limón y sal

Hay días... en los que la lluvía esta hecha de pequeñas gotas de sal, que escuecen sobre las heridas.