domingo, abril 09, 2006

O mal da humanidade

Estive pensando: qual o maior mal que nos aflige? O que nos torna aquém de nossas reais capacidades?
As críticas parecem-me tentadoras. Não aquelas que se destinam a mim, especificamente (e que, por sinal, são sempre bem-vindas) mas me refiro a um contexto geral. O que estaria por trás de todas elas? Qual mensagem elas REALMENTE querem passar? Teriam em si a mesma origem ou mal?
A fé no ser humano está em descendente (pelo menos é o que vejo na maioria). Considero-me uma sortuda por ainda acreditar nesses heterogêneos bípedes, mesmo que algumas observações pareçam bastante fundamentadas. O homem é complexo, esquisito, imprevisível, temperamental... talvez por isso mesmo, único e fascinante. Mas o reflexo no espelho pode guardar ainda mais coisas. Se dermos zoom, veremos as protuberâncias de certas crateras e tão logo as imperfeições de que nos queixamos.
Os modelos de seres humanos aparecem aos montes. São vendidos e usados como guias de conduta... mas não são como as esculturas renascentistas, por exemplo que preservam ao máximo os ideais de proporcionalidade e simetria. Sendo assim, por que somos tão... "lascados"? Por que a utopia da polidez parece cada vez mais distante? Seríamos menos merecedores do que as estátuas que outros iguais a nós deram forma? E, se somos capazes de tanger a perfeição nas artes e ciências, por que não em nossas próprias vidas?
Refletindo um pouco, presumi que a IGNORÂNCIA é o mal que nos aflige. Não a ignorâcia do não fazer ou não saber, mas a do NÃO QUERER. Não querer ser consciente, não querer ser determinado, não querer lutar para conquistar, não querer dar uma chance a si mesmo, não querer crescer, não querer ser educado ou mesmo responsável. Ter medo de ser autêntico, sincero ou justo pois a via da dissimulação é extremamente barata e sedutora.
Porque esta mesma ignorância é terreno fértil para os preconceitos, as discriminações, os mal entendidos, os desgastes com discussões desnecessárias, as mentalidades tacanhas, os egoísmos, as superficialidades... a lista é imensa. Chega a ser irônico: um princípio indesejado e degradante mantenedor de tantos correlatos de mesmo nível.
Quando nos impedimos de crescer, impedimos de viver a vida com nossos próprios olhos. Pegamos no sono do comodismo as justificativas para uma existência parca e de menores realizações. Perdemos para nossa própria imagem e nem nos tocamos de que o reflexo aumenta quando tratamos melhor do objeto.
É como dizem: "Se continuar fazendo o que sempre fez, obterá o que sempre obteve".
Lembremos disso quando desejar aumentar nossa plantação. Afinal, a semente só cresce se for plantada e tratada. ;-)

5 comentarios:

Anónimo dijo...

Grande sacada Marce!!!
O grande mal realmente é o homem se acomodar na sua vidinha pacata, fechando os olhos para tudo o que acontece à sua volta!
O mundo está carente de pessoas com atitude... pessoas como vc!
Abraço

Anónimo dijo...

Hummm, este blog esta bastante filosófico, não? Digno de uma psicóloga!
Beijinhos querida.

Anónimo dijo...

Ok, a pedidos aqui estou. Seu post me fez refletir e creio que vc está certa. A ignorância é uma chave que abre portas para grandes males. Perfeito.

Bjus amiga!
T adoro!
Évis

Marce dijo...

Obrigada Évis... sei que este "elo bilateral" jamais será rompido!
Ah... ... e volte sempre!
Um beijo

Anónimo dijo...

marce tube q entrar a leer algo q escribís, pensas y bue me dio gracia el sitio este q te dice ...No salga sin comentarrr !!! :P bue te mando saludos y con esto me estas ayudando con mi portugues q es muy malo

besos
naCho-


p.d. nunca me encuentro cuando no quiero ser yo