Parece que estou numa fase musical. Desta vez, uma grande obra de um notável músico nacional. Creio que esta música se aplica a várias situações como um todo, no sentido de servir de "estalo", uma dica, um conselho para as pessoas viverem melhor. Tem ficado claro para mim, mais do que nunca, que o tempo é mesmo o senhor da razão. E de que somos extremamente arrogantes com nossas vidas, pois encaramos situações como se fossem novas e, portanto, inesperadas.
Mal nos damos ao trabalho de reconhecer que nossos ancestrais enfrentaram situações semelhantes (ou piores) que as nossas. Mais: deixaram tudo isso como herança; somos meros perpetuadores.
Respeitemos o passado, pois é dele a base para nossos caminhos.
Confiemos no mesmo, pois os erros humanos são bem mais antigos que nossa parca existência.
O mundo é um moinho
Ainda é cedo, amor
Mal começastes a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
em cada esquina cai um pouco a sua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção que o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares que estás à beira do abismo
Abismo que cavaste com teus pés
4 comentarios:
O que há em você que me fascina tanto?
O que há por traz deste rosto que me intriga me embriaga e por tantas vezes me consome.
O que há por dentro deste coração que se nega em me querer e mesmo assim continua me encantando.
O que há em você? Você que consegue invadir minha vida de maneira tão delicada e ao mesmo tempo tão desesperada.
Você que me segue em todos os lugares, que tem a fala mansa e arrogante que finda todos os obstáculos e ainda assim vejo sobras de medo...
Você que não sai da memória que insiste sempre em estar presente, mesmo não me querendo.
O que há neste você que de tudo o que aprendi foi a melhor lição de vida e de amor. Que mudou todos os rituais de carinhos e me fez apaixonar-me tão perdidamente.
Que finge não se importar em ser amada mas me cativa sempre com palavras.
O que há em você que me faz ser assim? Meio louco, meio descrente da realidade, meio de você e quase nada de mim.
O que há em você?
A música é doce e melancólica e mostra a inutilidade do conselho. Ninguém escapa ao moinho, por mais que queiramos proteger aqueles que amamos. O saldo da aventura pelo mundo é triste: cinismo, desilusão, perda de identidade:
"Não serás mais o que és". O mundo nos aparta de nós mesmos.
Grande Cartola!!!
"O mundo é um moinho" talvez seja uma das canções mais bonitas já feitas no Brasil... mocinha, vc me surpreende a cada dia!
Bjs
Que inspirado esse teu anônimo. Será que eu sei o nome dele? hehehe
Tb amo essa música. Aliás, eu adoro Cazuza. Até as regravações dele são escolhidas a dedo e ficam maravilhosas na voz dele.
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