sábado, enero 20, 2007

As Pollys vão dominar o mundo?


Se tem uma coisa que me tira do sério são garotas Polly. Se você não sabe o que esse termo que eu adotei significa, deixe-me explicar. Pollys são as garotas que a Tati Bernardi chama de “fadinhas”, conhecidas também como "patricinhas".

Pollys são “wanna be Barbie´s”, mas elas nunca passaram do um metro de sessenta (sorry) e por isso nunca poderão ser o ícone loiro da futilidade. Essas garotas são fácil reconhecimento: elas andam em bando, tem mechas loiríssimas (a base de muito descolorante) e cabelos lisos (a base de muita prancha). Todas usam brincos iguais, uma época foram as pesadíssimas argolas de prata, depois de arame com fios coloridos e agora as de madeira com strass. Usam pulseiras até o cotovelo e juram de pés juntos que são todas de prata.

Eu acredito que exista uma loja especializada para Pollys, onde só se vende saias minúsculas e botas anabela de madeira que ficam muito largas nas pernas e dão aquele impressão de estarem “pisando em ovos”. Quando vão a bailes de formatura usam algo bem original: o mesmo vestido. Curtinho com uma fita de cetim, cujo a única diferença é a cor, juntas elas parecem as princesas da Disney (e isso não foi um elogio).

As Pollys estão sempre bronzeadas e “ficandinho” ou namorandinho” com algum carinha tosco que tem vários amigos toscos. Como se tudo isso não fosse o suficiente elas tem uma risada bem tolinha e irritante, usam perfumes doces de mais, tem aquele tipinho de voz fina que te faz querer vomitar e pesam 50 gramas. Seus hobby´s são bater fotos fazendo biquinho na frente do espelho e infernizar a minha vida. Suas aspirações para o futuro são: ser modelo ou dona - de – casa - rica ou mulher de médico ou dançarina do “É o than”.

O que mais me irrita nelas é aquele olhar vazio, seguido por respostas idiotas que só poderiam sair da boca de uma boneca de plástico. Mas parai, bonecas de plástico não falam! Então por que elas insistem? Não dá para ficar caladinha, fazendo biquinho o tempo todo? Não dá para poupar as pessoas de suas irritantes conversinhas?

Quando eu passo ao lado de uma Polly tenho vontade de pega-la com uma mão só (acredito inclusive que seria possível) e chacoalhar até que o seu imã caia. Porque eu simplesmente não posso viver em um mundo onde há criaturas tão nocivas a saúde, andando livremente por aí!

Marcela Torrente avisa: Pollys possuem imãs que podem causar retardamento intelectual gravíssimo.

1 comentario:

Anónimo dijo...

Querida Jéssica, seu texto me fez refletir neste final de tarde de domingo. Sem saber a que voce se referia acabei por ler e foi de muita valia para este velho amigo, ou amigo velho, como preferir.
Nas reflexões acabei por descobrir que tenho uma Polly em casa. Ela vive se fotografando, andando com roupa de marca, passando prancha no cabelo e dizem que está paquerando um babaca. Gostaria de saber se corro algum risco vivendo em comunhão com esta Polly. Rsrsrsrsrs. Esta Polly esta P da vida com voce. A Dani é uma boa menina. Beijos..